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sábado, 19 de março de 2011

Novo tom

Obama chegou há poucos minutos no Brasil, mas já percebemos um novo tom da diplomacia brasileira. À começar pelo Ministro de Relações Exteriores do Brasil, Antônio Patritota que já fala em reparar ou reconstruir uma sólida parceria com o Governo americano.

Mas o que mudou em um ano? Além da saída de Lula e de seu Ministro de Relações Exteriores, pouco mudou, teoricamente, afinal o partido e as orientações política do atual Governo são as mesma do governo anterior.

Acontece que o atual Governo, e a própria Presidente Dilma já declararam que não vão intervir no Itamaraty, órgão que cuida da diplomacia brasileira, como até pouco tempo se fazia. Dilma e seu Governo também trocaram o discurso do anti-americanismo por um discurso mais ameno, mais sóbreo, e já deixaram claro que não vão ser coniventes com ditaduras e governos autoritários que desrespeitam a Democracia, a Liberdade e os Direitos Humanos como até pouco tempo era rotina do Itamaraty e do Governo Federal. 

Basta lembrar a calorosa recepção que Lula deu ao seu "companheiro" do Irã, Ahmadinejad que não só é considerado um ditador, como também censurou a imprensa, perseguiu jornalistas e opositores e incentivou a pena de morte de mulheres "consideradas adúlteras". Ainda nesse caso, enquanto o mundo condenava o Irã por suposto enriquecimento de Urânio e um possível potencial nuclear, Lula se passou por pacifista, viajou para o Irã à fim de costurar um acordo que satisfizesse o mundo.

Mas o acordo com o Irã só satisfez o próprio ditador iraniano que continuaria enriquecendo Urânio e ameaçando a Segurança no Oriente Médio, no Conselho de Segurança da ONU o Brasil se portou desafinado com os EUA e isso nos garantiu ainda mais desgaste que nos colocou em um buraco negro diplomático, onde a chance de sairmos dele é através da visita do Presidente Obama ao Brasil.

Após o vexame no Conselho de Segurança e o comportamento irresponsável de Lula se familiarizando com os ditadores mundiais, os EUA não viram outra alternativa se não apoiar a candidatura da Índia para uma cadeira permanente no Conselho de Segurança, vaga esta pela qual o Brasil vem lutando a quase uma década, se não mais. 

Lembro também das diversas visitas de Hugo Chávez ao Brasil e de Lula à Venezuela, as trocas de elogios entre eles, discursos eufóricos e anti-americanos serviram para afastar ainda mais a Diplomacia Brasileira e Americana. Sem falar nos outros ditadores, como o da Líbia que foi chamado de "companheiro e irmão", e tantos outros, vale lembrar das rotineiras visitas que Lula fez à Cuba, em uma das ocasiões inclusive soube da greve de fome de um opositor ao regime cubano, e o Presidente do Brasil não fez absolutamente nada, ao contrário, teceu elogios à Fidel Castro e comparou os opositores cubanos que hoje estão presos, aos criminosos brasileiros que superlotam nossas cadeias.  

Fonte: Google, R7, Globo.com

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