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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Diagnóstico: Educação

Saiu no começo do mês, um índice mundial de Educação - uma avaliação que julgou a Educação de cerca de 60 países, e cujos resultados não são nada animadores para o Brasil.
Falamos muito da restauração da nossa auto-estima, do crescimento econômico do país, do desenvolvimento no rumo que tomamos, mas nós precisamos reafirmar com todas as letras, que um país só muda de verdade, só se desenvolve propriamente quando investe em Educação e através dele gera oportunidades.

- A ineficiência de Políticas Públicas, a dificuldade que se encontra em transformar recursos em mudanças significativas na Educação - é preciso ressaltar também, que Educação, assim como a Economia, não são políticas imediatas, são dadas a médio e longo prazo, e por isso, muitas vezes, Governos não investem o necessário e não produzem as Políticas Públicas eficientes, já que a Educação, segundo visões preconceituosas, não gera votos

- A falta de infra-estrutura é realidade na maioria das escolas públicas no Brasil, infra-estrutura que compreende desde salas adequadas, até um sistema de ensino de qualidade - possivelmente, a falta dessa infra-estrutura acaba gerando a desmoralização e o descrédito das escolas públicas cujo desafio principal é levar o maior número possível de jovens à conclusão dos estudos.

- Como já dito, o Ensino não é de qualidade, não houve ainda no Brasil qualquer tipo de atualização no sistema, atualmente, inclusive nas Escolas Particulares, o foco principal é o ingresso na Faculdade, quando o principal objetivo das escolas, deveria ser a busca pelo conhecimento, o avanço científico e tecnológico, a profissionalização de jovens.

- Os profissionais da área de Educação são uma questão chave; alegam que o grande problema da Educação são os baixos salários, quando na realidade, o Prroblema da Educação é mais complexo e não se referam apenas aos interesses do Magistério. Contudo, é preciso concordar, que a falta de recursos dos professores e outros profissionais, a indicação de diretores de escola incapacitados, que muitas vezes nem sequer são Pedagogos; e a pouca valorização e preparação desses profissionais, tornam o ambiente escolar ainda mais problemático.

- A omissão das famílias, a ultrapassada noção de que o Estado e as Escolas são as únicas provedoras de Educação, dificultam as coisas. Pais e mães ausentes, omissos na Educação e na formação de seus filhos completam esses quadro de atrasos na Educação brasileira.

- Questão disciplinar, o comportamento dos alunos quase nunca tem acompanhamento psicológico. As drogas, as armas e a violência fazem parte do cotidiano das escolas públicas e precisam ser tratadas com a devida seriedade por professores, pais e a sociedade como um todo.

- Questão de recursos configuram o problema da Educação no Brasil. Assim como na questão de Segurança Pública, os recursos de Educação não são suficientes e são concentrados á nível Federal e Estadual. Quando, as Escolas situam-se em nível Municipal, não há recursos suficientes para adequá-la aos padrões de países desenvolvidos. A centralização de recursos e a sua má distribuição acarreta resultados negativos na Educação Nacional.

- Fala-se muito em retirada das pessoas da pobreza, mas pouco se comenta, mesmo com a importância devida, que apesar de milhões terem saído da pobreza, os índices de inclusão de jovens nas Universidades são inferiores ao da década passada. Houve retrocessos na Educação, e o ingresso de jovens nas Universidades vem agravando as dificuldades e atrasos da Educação.

Soluções    

- Reforma Tributária - é preciso rever a distribuição de recursos, é preciso descentralizar o dinheiro público e distribuí-lo de forma mais justa e eficiente entre os Municípios, onde verdadeiramente o povo vive. Com essa Reforma, poderíamos rever a distribuição e dar mais eficiência à utilização dos impostos. Com amais recursos, os Municípios poderiam assumir maiores responsabilidades e de fato a Educação teria avanços significativos.

- Municipalização da Educação, tirá-la do Nível Estadual e colocá-la na Regência e na Responsabilidade dos Municípios, contudo, isso só poderia ser feito após e nova Distribuição de Recursos, garantindo maiores fatias do Dinheiro Nacional para os Municípios, que com tais recursos, poderiam gerir a Educação e garantir avanços em médio e longo prazo.

- Reforma Educacional - rever o que se estuda, o que se faz, e o que se retende com a Educação e com as Escolas no Brasil. Continuar com a política de que a Escola serve para o ingresso na Faculdade, é o atraso que precisa ser combatido. É preciso oficializar, um sistema atualizado, eficiente em que os alunos sejam direcionados às aulas cuja disciplina é relevante para seu futuro acadêmico. A Atualização do Sistema Educacional e uma melhor qualidade do Sistema de Ensino trarão grandes benefícios para o país.

- Mais recursos pra Educação - em relação ao PIB, investe-se pouco em Educação - em discussões do Orçamento no Congresso, é preciso elevar esses investimentos na área, e ao mesmo tempo, haver Políticas de redução de gastos por parte do Governo.

- Escolas Técnicas - ensino que gera emprego - é nessas área que Estados tem que investir em Educação. Assim como já vem fazendo, o pioneiro Governo do Estado de São Paulo, tem hoje uma rede de Faculdades de Tecnologias e de Escolas Técnicas promovendo a profissionalização do jovem e a geração de empregos após a qualificação. - Tais práticas eficientes tem que ser levadas para o Brasil todo.

- Horário Integral Já! - Investir em Educação, tem que ser meta dos Governos e da sociedade. e Tais investimentos podem promover mudanças significativas como a implantação progressiva do horário integral, das escolas funcionando o dia inteiro, promovendo conhecimento, e acesso à cultura, esporte, lazer, à ciência e à informática. 

- O Governo de São Paulo também é pioneiro, na Avaliação de Professores, provas que testam a capacidade e o conhecimento dos professores, buscando direcioná-los para novos estudos, para novas formações, para escolas de capacitação dos professores, que consequentemente melhoraria a qualidade do Ensino e a eficiência da Educação.

- Bônus para Escolas bem avaliadas, já é feita no Estado de São Paulo e tem que se expandir pelo Brasil - todas as Escolas são submetidas a uma avaliação e as que avançam, que cumprem tarefas e conseguem avanços significativos recebem um bônus em dinheiro para todos os seus funcionários. O Bônus além de promover o empenho dos funcionários das Escolas, trarão maior auto-estima e valorização dos professores.

- A participação familiar nas Escolas, tem que ser exigida por intermédio dos Estados e Municípios. É preciso levar pais e responsáveis para dentro da escola, á fim de promover a interação com a sociedade e o desenvolvimento por parte das crianças e jovens e suas famílias.

- A implantação de novas disciplinas, de novos fóruns de discussão dentro da escola. É preciso promover a inserção da cultura, dos esportes, de idiomas diversos, da conscientização política, da Ética e da cidadania, de educação sexual, saúde e prevenção, de ecologia e proteção ao meio ambiente na grade curricular das escolas, além do acompanhamento psicológico e médico.