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quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

O que fizeram com a Petrobras?

Fonte: UOL Economia

Petrobras bate mínima desde 2008; o que acontece com a empresa?

Há uma visão generalizada de que a empresa está em apuros financeiros, o que já lhe obrigou a iniciar um
programa de demissão voluntária e leiloar sondas antigas para levantar dinheiro e conseguir cumprir as suas metas de produção.

No exterior, a credibilidade da Petrobras se deteriora com a percepção de que ela vai, eventualmente, ver sua produção diminuir pela falta de perfurações, para compensar as perdas causadas pelos subsídios ao combustível no Brasil.

Com isso, a diferença entre os preços dos ativos da Petrobras e de suas rivais, EcoPetrol e Pemex, só se eleva, conforme investidores estrangeiros vendem as ações em um sell-off que levou a Bolsa para patamares mínimos de um ano.

O centro disso tudo é a política de preços da empresa, criticadíssima pelo mercado. Visando segurar a inflação, o governo vem mantendo artificialmente o preço da gasolina e diesel baixo --e, já que precisa de importar derivados para cumprir a demanda, vem amargando perdas que já somaram R$ 35 bilhões.

Maria das Graças Foster, presidente da estatal, tentou criar um mecanismo de reajuste automático, mas este foi "aprovado com alterações" em um dos momentos mais obscuros da história da estatal.

Para concluir o inferno astral, a empresa registrou um vazamento de petróleo, gás natural e de sulfeto de hidrogênio em uma das suas plataformas no dia 21 de janeiro, disse o sindicato dos petroleiros.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Resumo da semana

Dilma em Davos
A Presidente Dilma ignorou desde o início do seu mandato, o Fórum Econômico Mundial realizado anualmente em Davos, na Suíça. Diante da estagnação da economia brasileira, alguns aliás apontam desaceleração, a Presidente resolveu ir a Davos para se encontrar com o empresariado mundial e assegurar que o Brasil é o país ideal para se investir. Apesar as palavras, o mundo financeiro trabalha com gestos, e o cenário é sim desfavorável pro Brasil, uma vez que além da sequência de PIBs pífios, estamos com juros altos, inflação subindo e o velho custo Brasil continua muito alto (o Brasil tem pouca competitividade quando comparado a outros países, inclusive os desenvolvidos que estão progressivamente se recuperando da Crise econômica).

"Parada técnica"
Na agenda oficial, Dilma voaria da Suíça para Cuba no final de semana. Contudo, parou em Portugal no meio do caminho, com direito a hotel e restaurante de luxo. Como tudo foi mantido sob sigilo, surgiram questionamentos mais do que válidos, sobre quem teria bancado isso tudo... "Qual é o problema em ir pra Lisboa?" "Quem quer se queixar contra a presidente da República, vá se queixar no Senado, (...), ou ao STF.", afirmou o Presidente da Comissão de Ética da Presidência da República, sim, da Comissão de Ética! A viagem a Lisboa foi uma "parada técnica", cujos gastos estão sendo mantidos em sigilo por "questão de segurança nacional"... acho que por si só tudo isso nem precisa de comentário. Afinal, como disse o Ministro outro dia, esses brasileiros nas ruas, ah, são todos uns ingratos!!

Porto em Cuba
Dilma foi a Cuba, encontrou-se com os irmãos Castro, agradeceu pelo envio dos médicos cubanos (como se tivessem vindo de graça) e participou de uma reunião multilateral. Pra quem questionava a ausência de grandes obras do Governo Dilma, fica a boa notícia: O Governo brasileiro acaba de inaugurar um moderno complexo portuário... em Cuba! A obra foi financiada pelo BNDES, sob alegação de interesse estratégico para o Brasil...

domingo, 26 de janeiro de 2014

Os 80 anos da USP

"É difícil descrever em poucas palavras a importância que a USP teve para São Paulo e para o Brasil desde sua fundação. Poderia escrever o dia inteiro sobre isso, mas talvez não seria o suficiente para que o registro fosse completo. Apesar de todos os problemas que a Universidade enfrenta, que estamos cansados de saber, o que faz dela grande é a constante disputa das mais diversificadas ideias que estudantes, docentes e funcionários defendem para construir a Universidade em que acreditam ser a melhor para a sociedade.

A USP foi criada em 25 de janeiro de 1934 como presente de aniversário para a cidade de São Paulo, mas sua contribuição se estendeu a todo o estado e ao país. Hoje, aos 80 anos, a Universidade de São Paulo foi e ainda é um importante pólo científico, social e político brasileiro, agremiador de debates e ideias, o que por si só a torna motivo de imenso orgulho para todos que a mantém e que fizeram parte deste legado." Michel Lutaif, estudante da Faculdade de Direito da USP e meu colega de turma.





Leia: USP - Entre uma história de lutas e disputas, de Michel Lutaif publicado no Jornal O Páteo, do Centro Acadêmico XI de Agosto, na Faculdade de Direito do Largo São Francisco - USP.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Como funciona o Presidencialismo de coalizão



No modelo de presidencialismo praticado no Brasil, batizado de "presidencialismo de coalizão", o partido do governante eleito não obtém automaticamente maioria dos votos no Legislativo. Precisa, então, abrir espaços no seu governo para estruturar uma coalizão governista. Assim, a fragmentação partidária das três últimas décadas forçou os governantes a criar novos ministérios para abrigar as legendas que foram surgindo.

Até 1980, legalmente o Brasil podia ter apenas dois partidos - Arena, governista, e MDB, de oposição. A Constituição de 1988 abriu as portas para as novas legendas e hoje elas são 32, das quais 22 têm representação no Congresso Nacional.

O fenômeno da criação de novos ministérios para abrigar aliados pode ser verificado desde o início da redemocratização, que começou com o governo de José Sarney (1985/1990). A exceção foi o de Fernando Collor (1990/1992), que reduziu de 25 para 17 o número de ministérios. A ausência de uma sólida base de apoio no Congresso foi um dos motivos que facilitaram que Collor tivesse os direitos políticos cassados por oito anos após renunciar ao mandato em 1992, num processo que apurava denúncias de corrupção de seu governo.

Sarney governou o Brasil com 25 ministérios. Eles foram entregues a apenas dois aliados, o PMDB e o PFL. Mas estes dois formavam uma imensa base parlamentar tanto na Câmara quanto no Senado e Sarney pôde dar estatais para outros aliados, como o PTB.

Itamar Franco (1992/1994) assumiu o governo depois do desastre da administração Collor e acabou tendo o apoio de todas as legendas, até mesmo do PT. Ele fez um governo de coalizão nacional, sem oposição. Distribuiu 25 ministérios para sete aliados.
 
Fernando Henrique Cardoso (1995/2002) reduziu para 24 o número de ministérios em seu primeiro governo e os distribuiu a cinco aliados que lhe deram uma folgada base de sustentação no Congresso. A oposição ficou por conta do PT e do PDT. No segundo mandato, sacudido em 1997 pelo escândalo político da emenda da reeleição, além de questionamentos quanto à privatização das empresas telefônicas, Fernando Henrique se precaveu e aumentou o número de ministérios para 30. Manteve cinco partidos de sua base na Esplanada.

Quando assumiu, Lula (2003/2010) criou novas secretarias, como as da Igualdade Racial, das Mulheres e a da Pesca - que, somadas a outras que já existiam, como Direitos Humanos, Secretaria Geral da Presidência e Comunicação Social, receberam status de ministério. Entregou as novas pastas ao PT, assim como a maioria dos ministérios. O PL (depois substituído pelo PR), partido do vice José Alencar, recebeu o Ministério dos Transportes, o PC do B o do Esporte e o PSB o da Ciência e Tecnologia. Abalado politicamente pelo mensalão, Lula entregou ministérios de peso ao PMDB, como o da Integração Nacional e o da Saúde. Para o PP reservou o Ministério das Cidades. Quando encerrou seu mandato, em 2006, Lula tinha nove partidos na Esplanada. No segundo mandato, criou mais duas secretarias com status de ministério, chegando a 37 pastas. Manteve nove partidos nelas.

Forçada a abrir vagas em sua equipe para abrigar cada vez mais aliados, além de ter de manter os espaços dos que já a acompanhavam, a presidente Dilma Rousseff baterá um recorde neste ano eleitoral. Quando concluir a reforma ministerial que pretende fazer nas próximas semanas, a Esplanada deverá contar com titulares de 10 partidos diferentes. Ela já havia antes alcançado o maior número de ministérios em um governo, pois criou as pastas da Aviação Civil e da Micro e Pequena Empresa. Esta última, dada ao PSD. Recebeu, assim, 37 pastas de Lula e hoje está com 39.

Fonte: João Domingos - Jornal O Estado de São Paulo

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Boicote

O Estado de SP foi mais uma vez covardemente boicotado pelo Governo Federal.
Cinco aeroportos do interior, incluindo o de Ubatuba, seriam repassados à iniciativa privada para serem modernizafos e ampliados. SP obteve o aval dos órgãos técnicos, mas 5 dias depois, o próprio Ministro da Aviacao Civil (sim, o Brasil tem Ministerio pra isso), voltou atrás e proibiu as concessões. Lógico, como que o pessoal de Brasilia vai admitir que SP consegue fazer mais rápido e melhor aquilo que o Governo Federal está há anos tentando fazer?

Todos os dias, o Brasil paga a conta pela inoperância, incompetência e falta de seriedade daqueles que dizem que governam o pais, mas cuja sede por poder e cargos e insaciável!

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Olhos para o Maranhão

Em pleno fogo cruzado no Maranhão, com gente morrendo nas ruas e nos presídios, me pergunto por onde anda o Ministro da Justiça? de certo deve estar tomando sol com a Dilma na Bahia.

Ataques de faccoes criminosas, de forma muito parecida no Maranhão, como aconteceu no Rio, em SP, Espirito Santo, Paraiba e Santa Catarina, evidenciam que apesar da seguranca pública ser responsabilidade dos Estados, a crise que se vive tem alcance nacional.

Em contrapartida, o Ministro da Justiça só se manifesta quando a violencia atinge as grandes metrópoles do Sudeste, seu reduto eleitoral, omite-se covardemente e não apresenta um Plano Nacional pra enfrentar a questão, o que não me surpreende já que o Governo não tem rumo, se é que um dia teve...

Não se discute a situação carcerária, nem o abandono das fronteiras, o aparato das facções ou a burocracia do Judiciário. O aumento das penas casuisticamente é a unica coisa que se discute quando se fala de violência, como se isso fosse resolver o problema...

Segurança Pública se faz com cooperação entre a União, Estados e Municipios e acima de tudo, com seriedade! a mesma seriedade que falta para aqueles que há anos tem optado pelo imediatismo da promessa e da propaganda ao invés do planejamento sério e de longo prazo, que quase nunca rende votos.