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quinta-feira, 19 de julho de 2012

Visita ao Governador de São Paulo

No dia 18 de Julho, fui ao Palácio dos Bandeirantes, sede do Governo do Estado de São Paulo, para um café com o Governador Geraldo Alckmin.

Na ocasião entreguei ao Governador, um livro comemorativo dos 80 anos do Instituto João Gomes de Araújo de Pindamonhangaba, escola em que Geraldo Alckmin estudou. Em destaque no livro, fotocópias da matrícula do Governador da época em que estudava naquele Instituto, que hoje integra a rede de Etecs, as Escolas Técnicas paulistas.

Foi uma honra visitar o Palácio dos Bandeirantes e me encontrar com o Governador, que me recebeu com muita atenção e receptividade. Tomei um café com ele, e conversamos sobre estudos, futuro, Faculdade, e ele fez questão de ressaltar a importância da renovação na política através da Juventude e a necessidade de uma ampla Reforma Política no Brasil.

Falamos sobre o Vale do Paraíba, as perspectivas e o avanço de São Paulo. Quem conhece ou conversa com Geraldo Alckmin logo vê o seu domínio dos assuntos, a seriedade do seu trabalho e o compromisso com o desenvolvimento econômico e social. Mais uma vez, reafirmei meu apoio e admiração ao Governador, e sai com a convicção, que já tinha antes, de que Sã Paulo está em boas mãos.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Geração do Plano Real

O Plano Real implantado em 1994 comemora 18 anos, e com essa data marcamos a consolidação de uma geração inteira de brasileiros que nasceram desde o início da década de 90 e conhecem os reflexos negativos da inflação apenas pelos livros de história.

Completando 18 anos de Plano Real, comemoramos como um dos maiores períodos contínuos da história brasileira em que vivenciamos a estabilidade, a prosperidade e o desenvolvimento econômico conciliados com o processo democrático em nosso país.

Toda essa geração de jovens brasileiros, dentre os quais eu me incluo, não vivenciou a inflação estratosférica, nem as promessas estampadas nas falas dos Presidentes da época que iam para a televisão para acalmar os ânimos, e motivar o mercado, na promessa de melhora com as trocas abruptas no cargo de Ministro da Fazenda e com os sucessivos planos econômicos que fracassariam um após o outro.

A instabilidade atingia ricos e pobres, embora seu principal efeito fosse solavancar a vida e as contas dos trabalhadores brasileiros, corroendo seus salários mínimos e dissolvendo qualquer aumento que lhes fosse garantido. Gerando insegurança no bolso dos trabalhadores, a inflação e a instabilidade surtavam o mercado e inviabilizavam qualquer perspectiva de desenvolvimento econômico ou social.

Contudo, após a crise política que derrubou o primeiro presidente eleito após a ditadura, coube a Itamar Franco e a seu Ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, liderarem a reação corajosa contra os males que atingiam a nossa economia e geravam impactos diretos na vida dos brasileiros, e em especial, os mais pobres.

Com a liderança de Fernando Henrique, juntou-se um grupo de economistas da mais alta seriedade e competência para idealizar o Plano Real, e foi apresentado ao país um Plano diferente dos demais por oferecer uma transição gradativa e concreta, combatendo a inflação, estabilizando a economia, garantindo poder de compra, aquecendo o mercado e alcançando o patamar desejado de desenvolvimento no longo prazo.

É preciso ressaltar que a minoria dos grupos partidários e políticos no Congresso Nacional, votaram contra e fizeram ferrenha oposição ao Plano Real; tal grupo era encabeçado pelo Partido dos Trabalhadores e por Lula, dizendo que o Plano Real não iria dar certo, talvez torcessem por isso já que suas perspectivas não estavam no futuro da Nação, e sim na eleição presidencial que se aproximava.

Mas o Plano Real apresentado pela equipe de Fernando Henrique passou pelo crivo democrático do Congresso Nacional, foi aprovado e implantado, marcando o Brasil para o que seria a transformação gradativa de um país de instabilidades, para se torna-lo como hoje o conhecemos.

Aprovado e implantado, o Plano Real tomou as ruas, ganhou apoio e aprovação popular, trazendo desde o início mudanças significativas e benefícios para todos os brasileiros, o país ao longo do tempo conquistou a confiança do mercado, passou a atrair mais e mais investimentos e sua economia e seus consumidores aqueceram-se e em questão de tempo o Plano Real transformou o Brasil.

As mudanças não foram rápidas nem fáceis de serem feitas, coube ao governo Fernando Henrique modernizar o Estado, estruturar a máquina, capitanear o país nas sucessivas crises internacionais, prever os problemas futuros e criar mecanismos e ferramentas que pudessem blindar o país de novos colapsos como os que foram vistos nas décadas de 80 e 90.

Para se ter uma noção, fundos formados com depósitos compulsórios de bancos, foi uma das medidas tomadas por Fernando Henrique, e mesmo na época, sendo muito criticado por isso, viu-se que a Europa atual com a crise do euro adotará a mesma medida para evitar as quebras de bancos e crises futuras. A própria diminuição do Estado, com concessão de estradas, por exemplo, apesar de criticada durante as eleições, vem sendo adotada pelos sucessores para solucionar problemas de infraestrutura como o colapso dos aeroportos brasileiros, sem falar no importante legado da Lei de Responsabilidade Fiscal dando suporte para a consolidação do Plano, na esfera da administração pública.

De fato, não foi um homem ou um partido unicamente que mudaram o país, nem foi um único ato que radicalmente dividiu a história do Brasil em antes e depois. Como em toda e qualquer Nação, o processo democrático acompanhado pela transição responsável de governos, permitiu que tivéssemos no Brasil a consolidação do Plano Real ao longo dos Governos Itamar, Fernando Henrique, Lula e Dilma, com continuidade das políticas que vem transformando o país ao longo dessas últimas duas décadas, e são, além do Plano Real em si, a sua consolidação, os aumentos reais do salário mínimo, o aquecimento do mercado consumidor e os programas de distribuição de renda, que apesar de provisórios vêm se espalhando pelo Brasil, com programas como o Vale-gás, o Vale-leite e o Bolsa Escola do saudoso ex-Ministro Paulo Renato, que foram unificados no atual Bolsa Família.

O fato é que o Brasil mudou nesses 18 anos, e o Plano Real foi o marco inicial dessas transformações econômicas e sociais. A geração de pessoas que como eu, crescemos com essas mudanças tem agora o desafio de construir as novas mudanças, como as melhorias profundas no modelo de administração pública, a modernização do uso da máquina pública, os investimentos consistentes em educação e a promoção das Reformas Política, Tributária e do Judiciário. O Brasil mudou e deve continuar mudando.