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sábado, 26 de março de 2011

Editorial

Por Heitor Peixoto

Antes de uma reforma política de fato, é preciso iniciar uma reforma dos políticos. E impressiona como mesmo na tentativa de se “consertar” finalmente a política nacional, os principais atores do processo (principais, porque não devem ser os únicos), de saída, já pensem em criar rotas de fuga, ou de escapadelas.

A janela que se pretende implantar para o troca-troca partidário sem consequências legais (leia-se perda de mandatos) por si só atenta contra a moralidade do todo. É uma reforma que já começaria viciada pela lógica dos espertalhões.

Paralelamente, a criação de um partido como mero trampolim para a já arquitetada fusão com outro (isenta de danos) é outro soco na boca do estômago da decência. Enfim, não dá para se ser meio ético ou meio justo.
E antes de uma reforma dos políticos, urge uma reforma do próprio povo. A política, e principalmente a escolha dos políticos, precisam deixar de ser um assunto alienígena ao grosso da população.

Platão: "quando todo o Estado está doente, não deveríamos procurar o serviço e a orientação do mais sábio e do melhor?”.

Tomo a liberdade de responder: sim, e isso passa pela educação, mas uma educação humanista, que desencadeasse uma profunda transformação cultural; que extirpasse de cada um de nós, brasileiros, duas coisas: a máxima de se querer levar vantagem em QUALQUER situação, e o desgraçado entendimento de que isso é bom.

A alta corrupção que se vê lá na ponta não é mais do que a evolução dessa velhacaria que começa em cada um de nós.

Leia a íntegra do artigo de Heitor Peixoto

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