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quarta-feira, 6 de julho de 2011

Mais um, caiu!

O ministro Alfredo Nascimento acaba de pedir demissão da pasta dos Transportes.

A crise começou com matéria da revista Veja, que contava que a presidenta Dilma Rousseff estava descontente com superfaturamentos nas obras do Ministério dos Transportes. A reportagem acrescentava que esses superfaturamentos se deviam à existência de um esquema de cobrança de propina por parte do PR, partido do ministro Nascimento.

Outras denúncias

O jornal O Globo, mostrava que o fillho do ministro, Gustavo Morais Pereira, tem uma empresa que teve o espetacular crescimento de 86.500%, e que indiretamente negociava com empresas que recebem verbas do ministério.

Outra matéria, da revista IstoÉ, republica um vídeo, originalmente publicado pelo jornal Correio Braziliense em setembro de 2009, que mostra Alfredo Nascimento negociando com o presidente de honra do PR, Valdemar Costa Neto, a liberação de verbas públicas para levar para o partido, o deputado Davi Alves da Silva Júnior (MA), que então estava no PDT.

Comentário

Não é de hoje que as estradas brasileiras estão esburacadas e os transportes no país, sucateados. O fato, é que o PR, partido do Ministro, ele próprio, Alfredo Nascimento e a cúpula do Ministério dos Transportes, estavam praticando diversos atos ilegais, que vão de tráfico de influência, até superfaturamento e o uso do dinheiro público por interesse partidário.

Mesmo com a queda do Ministro, que volta a ser Senador (eleito em 2006 - com mandato até 2013) e de outros dirigentes do Ministério, como o famoso diretor do Dnit, Pagot, que vem sendo denunciados há anos, mas que durante os últimos 8 anos, pareciam intocáveis no Governo Lula.

A faxina começou no Ministério dos Transportes, a casa caiu, mas a demissão desses dirigentes é apenas o começo, ou pelo menos deveria. Resta saber, se o desgoverno e a ingerência que foram feitas até agora, vão ser investigadas e seus autores, severamente punidos.

Para constar: esses desvios e escândalos no Ministério dos Transportes não começaram há 6 meses, mas há 8 anos, durante todo o Governo Lula - quando os dirigentes do Ministério dos Transportes, hoje afastados, pareciam intocáveis - que deixou de herança para sua sucessora, um Ministério obscuro, com direito a um Ministro acusado de envolvimento em falcatruas e assessorado por malfeitores.

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