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sábado, 23 de julho de 2011

Editorial

Trechos do artigo de Ateneia Feijó, O GLOBO.

Relembro a implementação do real em seu governo, em julho de 1994, tendo Fernando Henrique Cardoso como ministro da Fazenda. Algumas edições usaram imagens da remarcação frenética de preços nos supermercados para ilustrar a hiperinflação. Não dá para esquecer. É histórico.

Quem tem 17 anos já nasceu numa economia estável e com sua família podendo planejar, de alguma forma, a vida. E isso quer dizer também o seguinte: os universitários de hoje não têm idéia da angústia de um trabalhador com um salário volátil. Ou seja, o dinheiro recebido de manhã perdia seu poder de compra antes da noite chegar. Duas semanas após não valia mais nada.

Apesar da imensa área territorial deste país e da diversidade de seu povo, aconteceu o que até então nunca havia sido tentado em outra parte do mundo. Uma operação logística gigantesca para permitir a troca da moeda em um só dia. Em primeiro de julho daquele ano, todos os brasileiros puderam ter em mãos as cédulas de real.

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