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sábado, 9 de julho de 2011

Editorial

 Paulo Renato Souza, o ministro da Educação que levou a meritocracia para a sala de aula

Ao fim do primeiro ano do seu primeiro mandato como presidente da República, Fernando Henrique Cardoso já apontava Paulo Renato Souza, chefe da pasta da Educação, como seu melhor ministro. Os anos seguintes mostraram que FHC tinha razão.

Ao longo de oito anos em que ocupou o cargo, esse economista nascido em Porto Alegre (RS) transformou o sistema de ensino no Brasil.

Ao criar mecanismos destinados a avaliar o desempenho de professores, alunos e escolas, ele tornou visíveis as deficiências e os méritos do sistema de ensino brasileiro. Assim, pôde trabalhar para sanar as primeiras e valorizar os últimos, além de garantir que o dinheiro da educação fosse mais bem aplicado.

Outra mudança fundamental que ele promoveu foi vincular o repasse de verbas aos estados ao número de crianças matriculadas na escola. Isso obrigou os governos a se empenhar na tarefa de trazer os alunos para a sala de aula.

Em menos de dez anos, o índice de alunos de 7 a 14 anos na rede escolar subiu de 90% para 97%, o que caracteriza a universalização do acesso ao ensino. Paulo Renato também nacionalizou o Bolsa Escola, que, renomeado, deu origem ao Bolsa Família petista.

Poucos políticos se empenharam tanto para melhorar o Brasil. Paulo Renato foi além: ele conseguiu.

No blog: Paulo Renato

Revista VEJA

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