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segunda-feira, 11 de julho de 2011

Editorial

Trechos do artigo escrito por Arthur Virgílio Neto, diplomata e ex-senador.

"Seis meses apenas e um rosário de escândalos a lhe emoldurar o perfil. Palocci, aloprados, Ministério dos Transportes, sem contar as “pequenas” transgressões quase que diárias.

E o roteiro é sempre o mesmo. A denúncia sai, o governo faz uma inicial cara de paisagem; fatos novos aparecem, o governo espera mais um pouco; mais provas são publicitadas e, finalmente, o acusado é demitido, “a pedido”, pela mandatária"
 
A encenação prevê dois atos: a parte passiva protesta inocência e a parte ativa declara confiança em quem está na berlinda. E, nos blogs e twitters da vida, lá vêm imprecações de toda sorte contra a “mídia” golpista, que não seria considerada assim se fechasse os olhos para esbulho do dinheiro público.

Atitudes verdadeiras e completas, jamais. Não é do estilo da “escola” política de Lula, cursada aplicadamente por seus seguidores. Parece a passagem do marido adúltero das peças, crônicas e romances do genial Nelson Rodrigues: “negar sempre, ainda se apanhado em flagrante”."

Fonta: Blog do Noblat, O GLOBO

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