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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

121 anos de República

15 de Novembro de 1889, e 15 de Novembro de 2010

O Brasil mudou.

Em 121 anos de República, oficialmente perdemos o cordão umbilical que nos ligava aos nossos colonizadores. Tal Proclamação foi motivada por questões religiosas, militares e econômicas de uma elite, mas garantiram múltiplos benefícios para a história nacional.
O Brasil que se transformou nesses 121 anos, viu a democracia ser implantada e extraída periodicamente, viu as ideologias e a imprensa serem por muitas vezes perseguidas e caçadas. A Liberdade foi por muitos anos algo simbólico e os discursos de alguns não condiziam com a realidade de todos.

Somos um país em metamorfose. Iniciamos a República como agroexportadores, a vida política se confundia com os interesses econõmicos e militares. A noção de democracia era pouco abrangente, e os interesses de poucos governavam esse país de muitos.

As práticas políticas eleitoreiras do Café com Leite não deram boa impressão, e o coronelismo que até hoje deixa marcas nos sobrenomes e nas disnatias políticas, reinou no Brasil e garantiu o monopólio político para a elite agroexportadora do eixo Minas-São Paulo.

Com a crise de 29, o Brasil passou por uma muda, a casca que ainda persistia desde o Império teve que se renovar, e o Brasil passou por tansições políticas e econõmicas. A industrialização sonhada pelo Barão de Mauá no século anterior, é finalmente realizada quando a agroexportação já não conseguia suprir as necessidades econõmicas do Brasil, de grandes potenciais.

Com o fim do Café-com-Leite, uma Nova Era, apesar de que muitos dos mesmos continuavam mandando, um líder nato entra na História, nesse momento de adolescência da República, o Brasil tem novamente cessado o seu direito de democracia, e a liberdade é colocada em xeque, maqueada pelo populismo Getulista e pelo ensejo de se manter no poder.

Com a 2ª Guerra Mundial, as Forças Militares se aprimoram ideologicamente e se motivam no combate á ditadura populista imposta no Brasil que já perdurava quase 15 anos.

O Brasil ganha o direito de voltar á democracia, e elegem-se Presidentes que se alternaram no poder, garantindo desenvolvimento nacional com ideais de Liberdade e Democracia.

A capital Federal é transferida, e a Política simbolicamente se afasta do povo. Em Brasília, o poder se esconde as grandes massas, e a representatividade perde força, mas por razões econômicas, a interiorização da capital também marca a interiorização e expansão da indústria e do desenvovimento nacional propriamente dito.

Mas o contexto da Guerra Fria aflora os sentimentos, a polarização é grande, e mais uma vez o Brasil sofre um momento conturbado. O direito à democracia é novamente cessado, e os anos de chumbo são impostos pelas Forças Armadas.

Quase 21 anos, de opressão e silêncio. Como em momentos anti-democráticos de anteriormente, a jugular da democracia foi atacada com a censura à imprensa e o fechamento do Congresso Nacional.

Em meio ao conturbado momento econômico vivido no Mundo, a ditadura desmorona com a pressão popular. As portas do Legislativo são reabertas, lideranças de todo o Brasil retomam aos palanques, os exilados voltam ao país, e a Lei da Anistia absolve militantes e militares que estiveram em lados opostos nas trincheiras pelo Brasil.

Diretas Já! A Grande mobilização política Nacional, apesar de não ter obtido êxito, marcou o retorno da participação popular nas galerias do Congresso e nas trincheiras da democracia!

Por eleições indiretas, acordos de bastidores, o Congresso Nacional elege o 1º Presidente Civil do MDB após quase 21 anos de tomada do poder pelos militares. 

Quis o destino e a história que Tancredo Neves não assumisse, mas com José Sarney, a trasição é conduzida com seriedade e sob a regência de Ulysses Guimarães, o Congresso Nacinal entrega depois de dois anos de trabalho, a Constituição Cidadão, a voz do povo na forma da lei.

O Brasil vive a empolgação do momento político, a transição ressuscitou a democracia e a liberdade. Mas na área econômica, a inflação aborta os sonhos brasileiros, e as moedas caem sequencialmente.

Cruzeiro, Cruzado, Cruzeiro novo, Plano Verão, Plano Sarney e outros planos se sucedem e dão esperança mas fracassam no intuito de estabilizar a economia e devolver ao povo o poder de compra.

Momentos difíceis na Economia, uma Presidente de 40 anos é democraticamente eleito pela população, Fernando Collor dá continuidade à estabilização política e econômica, é o responsável pela abertura econômica que permitiu que a Economia Nacional se desenvolvesse.

Mas ainda assim, a inflação é uma realidade nacional, na tentativa de solucioná-lo, Collor envolve-se em escândalos de corrupção e além do meio econômico, o político também se abala. O primeiro Presidente eleito, se torna o primeiro cassado. Impeachment leva a renúncia de Fernando Collor, e no seu lugar assume Itamar Franco.

A história da República respira novo oxigênio, Itamar Franco, austero, sério e comprometido, promove a estabilização econômica com um plano que seria uma aposta que daria certo, o Plano Real feito por técnicos da área econômica liderados pelo Ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso.

O Real deu certo, apesar de que alguns líderes nacionais tenham sido contra, por razões políticas que enquadravam a oposição ao Governo Itamar.

Itamar Franco promoveu com o Real, a estabilização macroeconômica do país, mas para que a inflação fosse controlada à longo prazo, a continuidade do Plano seria fundamental, nesse intuito, é eleito seu sucessor, Fernando Henrique Cardoso.

A República das transições, passa pela estabilização econômica.  FHC também foi o responsável por privatizar empresas estatais como a Telebrás e a Companhia Vale do Rio Doce, como forma de estancar os históricos déficits nas contas governamentais e garantir a estabilidade do real. Inicia também importantes programas sociais como o Bolsa-escola e a aposentadoria rural.

No Governo FHC também são tomadas medidas importantes em diversas áreas, a telefonia chega ao alcance nacional, são criados os genéricos e o Brasil se torna pioneiro no combate à AIDS de forma exemplar. FHC se destaca pelas Reformas na área econõmica, e  Brasil no começo do século XXI ganha destaque entre os países mais promissores para o futuro, os BRIC´s.

Sai FHC e entra Lula - com a promessa de conduzir Reformas importantes como a Política e a Tributária, seu Governo se destaca nas poli´ticas sociais e na continuidade da política econômica do Governo anterior.  

A economia hoje contém uma indústria e agricultura sofisticadas, e um setor de serviços em expansão. As
recentes administrações expandiram a inserção do país no mercado mundial, com saltos de investimentos e produtividade em alguns setores, como o de telecomunicações e automobilístico, mas ainda deixando a desejar na eficiência de portos marítimos, estradas de ferro, geração de eletricidade, aeroportos e outros melhoramentos da infra-estrutura.

Entre os principais desafios do país para o futuro estão um salto qualitativo na educação e saúde, a desburocratização do empreendedorismo, uma resposta eficiente aos problemas de segurança pública e favelização dos centros urbanos, maior transparência nos gastos públicos e o combate veemente à corrupção.

Esse é o Brasil República, o Brasil que se transforma na continuidade e na renovação, no Brasil que se contrói a cada dia com um povo trabalhador e com uma classe política que some, e não que subtraia.

O Brasil dos próximos anos, precisa de cidadãos conscientes, que valorizem e defendam a democracia, a liberdade e a política participativa.

Fonte: Wikipedia (trechos) 

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