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segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Os rumos da Saúde no Brasil

Não é de hoje que a Saúde é o serviço público mais mal avaliado no Brasil, e depois dos protestos de Junho desse ano, o Governo Federal apresentou como "solução" para essa mazela, o Programa Mais Médicos, que na prática é a contratação de médicos para trabalhar onde faltam médicos, nos quatro cantos do país. O programa teve baixa adesão de médicos brasileiros, e atraiu alguns médicos estrangeiros; para vitaminar o projeto, o Ministério da Saúde anunciou a importação de médicos cubanos através de um convênio, em que seus salários seriam transferidos diretamente para o Governo de Cuba e de lá, uma parte seria repassada aos médicos e suas famílias, eles chamam isso de "socialismo" por lá.

Esse semana, o UOL traz uma excelente entrevista do Dr. Drauzio Varella, em que trata da questão da saúde pública no Brasil e o Programa Mais Médicos:

"Lugar que não tem médico tem que ter. Se não tem médico brasileiro, tem que ter médico de qualquer lugar. Sou totalmente a favor. O que eu sou contra é usar isso demagogicamente, colocar isso de uma maneira que parece que vai resolver o problema da saúde pública do Brasil. Não é verdade."

"O médico sozinho melhora um pouco a qualidade da saúde, mas melhora muito pouco.
Faltam hospitais de referência, faltam condições para atender essas pessoas e encaminhar para os locais que possam fazer o atendimento aos casos mais complexos."

"De repente acontecem umas passeatas e ai apressadamente deslancham esse programa e apresentam isso para a sociedade como a resposta para os problemas médicos do Brasil. É demagogia, né?"

"Acho que vai melhorar nesses lugares onde não havia médico e passa a ter médico. Melhor do que nada, né? Mas isso é uma medida paliativa com impacto muito pequeno na saúde pública."

"[Programa Saúde da Família] Esse sim tem um impacto verdadeiro, mas infelizmente fica relegado a vontade política de criar mais equipes. A saúde precisa de dinheiro, mas não precisa só de dinheiro. Precisa de gerenciamento, de decisões politicas acertadas e esse é o principal problema."

Fonte: Camila Neuman, UOL

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