Hoje, a Câmara inicou o debate sobre o novo salário mínimo, e tudo me leva a crer que a votação vai adentrar a madrugada e talvez não saia hoje o resultado final.
O PT (Partido dos Trabalhadores), o partido do Governo, defende hoje um salário mínimo de R$545,00 - um aumento pequeno em relação aos índices de juros e de inflação que crescem a cada mês. A justificativa é que um aumento maior provocará a inflação e comprometerá as contas públicas.
As centrais Sindicais queriam inicilamente R$580,00 mas recuaram para o montante de R$560,00. Já a Oposição, mantém a proposta de campanha, do seu então candidato á Presidente, José Serra, de um salário mínimo de R$600,00.
Nós sabemos que as contas do Governo estão comprometidas, em uma postagem anterior, escrevi sobre a Herança de Dilma deixada pelo Governo anterior.
O que nós não podemos admitir, é que há menos de 3 meses, o Congresso Nacional, e a grande maioria do PT, votaram ás escuras um aumento imediato de 60% nos salários de Deputados, Senadores, Ministros e do Presidente da República.
Nós também não podemos nos calar, pois o Brasil já viveu momentos muito piores, de conturbadas crises internacionais em que ao mesmo tempo os Governos que antecederam Lula tentavam controlar a máquina pública, estabilizar o Real e a inflação, e o PT, que hoje é Governo, exercia na época papel de Oposição.
A foto a seguir foi tirada na votação do novo Salário Mínimo no ano 2000, durante o Governo FHC. A grande questão é que assim como hoje, o Brasil, na época, precisava apertar o cinto, segurar as contas, e o PT fazia dessa questão econômica do "Salário Mínimo possível de se pagar", uma grande manifestação política. Se hoje provam do memso veneno, não sei, mas que falta coerência, isso falta!
Quem era comprometido com o povo, o PT Oposição que cobrava do Governo sem medir consequências do caos econômico que poderia criar, ou o PT Governo que diz: "Nós não podemos dar aumento maior no salário mínimo para não comprometermos as contas públicas"?
Foto: É de maio de 2000. Deputados do PT protestam contra o reajuste do mínimo proposto pelo governo FHC, que passava de R$ 136 para R$ 151 — 11,11% de reajuste. A inflação de 1999 tinha sido de 8,94%. No ano seguinte, 2001, o mínimo foi para R$ 180 (19% de elevação), contra uma inflação, em 2000, de 5,97%. O salário votado para 2002 foi de R$ 200, com reajuste de 11,11%, contra uma inflação, em 2001, de 7,67%.- Trecho escrito por Reinaldo Azevedo
Fonte: Blog do Álvaro Dias
Fonte: Blog do Álvaro Dias
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