Na contramão das manchetes que denunciam mais um escândalo de corrupção, o Governo aprova dentro do Congresso Nacional projeto que cria mais 90 cargos de confiança vinculados à Presidência da República.
A criação desses cargos é colocada em discussão cinco dias após a Polícia Federal deflagrar a Operação Porto Seguro, que apura um esquema de fraudes em pareceres técnicos de órgãos públicos com a finalidade de beneficiar empresas privadas, ou seja, a utilização de cargos públicos, para fins privados.
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A operação levou ao indiciamento de dez servidores públicos, entre eles a chefe de gabinete do escritório da Presidência da República em São Paulo, dois diretores de agências reguladoras e o adjunto da Advocacia-Geral da União.
Em um universo de mais de 20 mil cargos de confiança, ou seja, cargos em que não há qualquer tipo de concurso público ou avaliação para a contratação, basta apenas vínculos políticos para que se ocorra a colocação dessas pessoas nos respectivos cargos.
Curiosamente, a expressiva maioria dos casos de corrupção envolvem funcionários p´blicos loteados em cargos de confiança, nomeados por pertencerem a partido A ou B, que pertence à base aliada do Governo dentro do Congresso Nacional.
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