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quarta-feira, 3 de agosto de 2011

As explicações do ex-Ministro

O senador Alfredo Nascimento (PR-AM) foi a tribuna para falar sobre a crise do ministério dos Transportes, pasta que ele dirigiu por 6 anos no Governo Lula e por 6 meses durante o Governo Dilma.

Ao se defender, Nascimento terminou por arrastar Lula e a própria Dilma para o epicentro da crise.


Segundo ele, o orçamento das obras do PAC confiadas à pasta dos Transportes foi engordado em R$ 14 bilhões no ano eleitoral de 2010.

“Quando saí [31 de maço de 2010], o PAC do ministério significava investimentos da ordem de R$ 58 bilhões. Quando retornei, já estava em R$ 72 bilhões.” disse ele.

Na época em que Lula era presidente e Dilma candidata, o PAC tornara-se um programa de fancaria.

Nas palavras do ex-Ministro Nascimento: “Significava que a nova administração não teria recursos necessários para iniciar nenhuma nova ação […] Não haveria o PAC 2.”

O orçamento engordou no período em que respondia pelo Ministério dos Transportes o atual ministro, Paulo Passos, nomeado por Dilma para fazer a “faxina.”

Embora Nascimento tenha se esquivado de dizer com todas as letras, o sobrepreço das obras nasceu no o Governo Lula. No DNA da encrenca está a manobra de Lula para ampliar a vitrine eleitoral na qual Dilma foi exposta no ano passado.

Ficou entendido que Dilma reclamou de gastos criados sob Lula para vitaminar a candidatura dela. Ela simulou surpresa diante de um cenário de “descontrole” que Nascimento diz ter, ele próprio, levado ao gabinete presidencial em Março de 2011.

O ex-ministro disse que não foi varrido. Pediu para sair porque não obteve de Dilma o apoio que ela lhe prometera.

À medida que Nascimento discursava, a oposição coletava assinaturas para uma CPI. Ao final do discurso, atingiu-se o patamar mínimo exigido: 27 rubricas.

Fonte: Agência Senado, Josias de Souza

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