Texto do Senador José Agripino
O governo federal anunciou a concessão dos principais aeroportos do Brasil à iniciativa privada.
Na prática, trata-se de uma espécie de privatização nos novos terminais que devem ser construídos. Serão concedidos os aeroportos de Guarulhos, Campinas, Galeão, Brasília e Confins.
A atitude foi necessária devido ao evidente atraso nas obras de ampliação e melhoria dos aeroportos para a Copa de 2014. Até o IPEA, órgão do governo, deixou claro que dez dos doze aeroportos das cidades-sede não ficarão prontos a tempo do mundial.
Com a medida, o próprio governo desmente uma das campanhas mais sórdidas, cínicas e desonestas já feitas junto à opinião pública nos últimos anos: a demonização das privatizações brasileiras.
O plano de difamar as privatizações foi comandado pelo PT, que agora precisa engolir a incoerência e prestar contas do erro à sociedade.
É mais do que sabido que o Partido dos Trabalhadores tem utilizado como arma para vencer as eleições a acusação de que seus adversários políticos irão promover uma política de privatização caso vençam os pleitos.
Na maioria dos casos, essa campanha difamatória tem sido bem sucedida. Para seu próprio bem, mas para o mal do País.
Há mais incoerências nesse tema: o PT, entretanto, esconde que passou à iniciativa privada mais de 3 mil km de estradas, contra 1,4 mil km da gestão tucana.
O PT esconde do País que muitas vezes o Estado não tem os recursos necessários para fazer melhorias e investimentos em bem públicos e, nesses casos, a ajuda da iniciativa privada é sempre bem vinda.
O PT esconde do Brasil que as privatizações ocorridas no Brasil foram bem sucedidas.
A Vale por exemplo, em 1996, antes de ser privatizada, gerou US$ 31 milhões para os cofres públicos. Ano passado foi US$ 1,1 bilhão. No mesmo período, em exportações, os valores saltaram de US$ 1,1 bilhão para US$ 24 bilhões.
O telefone era um dos bens de mais difícil acesso do país. Hoje, após as privatizações do setor, ocorrida na década de 90, integrantes de todas as classes sociais possuem acesso à telefonia.
Uma empresa privatizada também fica livre do loteamento político e fisiológico de partidos da base governistas. Também como, em tese, os recursos são delas, não poderiam desperdiçar, sob risco de ir à falência.
A concessão dos aeroportos à iniciativa privada mostra que o Estado, sobretudo o petista, em muitos casos, tem muito menos agilidade em tirar projetos do papel do que as empresas.
O PT pode alegar que fez apenas concessões à iniciativa privada e não privatizações no caso dos aeroportos. Seria mais uma desonestidade intelectual, pois quando os tucanos fizeram concessões à iniciativa privada para a exploração de petróleo, foram tachados de privatizantes pelos petistas.
Acredito que 1 Real na mão da sociedade pode ser melhor aplicado e beneficiar o País do que 1 Real na mão de empresas comandadas por partidos políticos fisiológicos.
Acredito que mais importante do que ser público ou privado é que a população brasileira tenha serviços de boa qualidade.
Fonte: Site do Senador José Agripino
Nenhum comentário:
Postar um comentário