Não faz muito tempo, no final de 2009 mais de 12 estados brasileiros ficaram sem luz. Um apagão de mais de 6 horas cujas causas até hoje são um mistério. O Governo insistiu na tese de que um raio atingiu a fiação, mas os órgãos responsáveis pela previsão do tempo rechaçaram essa hipótese. Engenheiros e funcionários de Itaipu foram proibidos de comentar o assunto.
Tal apagão ocorreu, semanas após uma declaração da então Ministra Chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff dizendo que o Brasil não teria apagão, que não haveria racionamento também porque o Governo havia voltado a fazer planejamento. O Ministro de Minas e Energia na época, Edison Lobão do PMDB, advogado, também não soube explicar o que aconteceu naquele episódio que deixou grande parte da população brasileira sem luz.
Depois de inúmeros apagões locais e em pequena escala enfrentados pelo Amazonas e Rio de Janeiro, dentre outros, na noite de ontem 8 estados da Região Nordeste voltaram a ficar sem luz.
Sinceramente, apesar de que agora temos uma nova presidente, não espero que sejam apontadas, com isenção e seriedade, as causas do apagão. Afinal, o mesmo Ministro de Minas e Energia do Governo anterior, foi recolocado no posto pela atual gestão.
O que falta ao Brasil? Por que nosso Ministro de Energia é um advogado sem qualquer tipo de noção sobre energia e eletricidade? O que leva um Governo a indicar um advogado e político para a pasta tão técnica? Isso, sem falar nas demais empresas estatais, as diretorias de Usinas Hidrelétricas como Itaipu e Furnas que são disputadas a tapa entre PT e PMDB.
Quando se trata de energia, eletricidade e infra-estrutura, não se pode politizar, não se pode entupir tais órgãos, com pessoas despreparadas, não se pode substituir os técnicos e nomear no lugar deles, políticos companheiros, aliados do Governo e dos caciques dos partidos políticos.
E respondendo a pergunta que fiz, o motivo pelo qual se nomeia um político para exercer um cargo destinado a um técnico, na chefia de órgãos nacionais tão importantes, é a troca de favores entre Governo e aliados. É a política do "é dando que se recebe", é o fisiologismo, a formação dos cabides de emprego que superlotam os Ministérios, incham a máquina pública que é financiada e sustentada pelo dinheiro público, oriundo dos nossos impostos.
Para garantir a Governabilidade e o apoio do Congresso e dos partidos, o Governo faz o loteamento dos cargos e das empresas, colocando em risco a segurança e a infra-estrutura nacional, como nesse caso tão sério quanto o do setor energético.
É uma irresponsabilidade da liderança, colocar pessoas não qualificadas para determinados cargos, como vc disse ai. E como sempre, quem sofre somos nós, ficamos na vela mais uma vez...
ResponderExcluirMt bom o blog, bastante informativo.
Fica na paz.