Por: Jornal Folha de São Paulo, Folha.com
O IPCA (Índice Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial, continuou subindo e apresentou variação de 0,53% em setembro, ante 0,37% de agosto, divulgou o IBGE.
A alta de 0,16 ponto percentual eleva o indicador para 4,97% no acumulado do ano -- taxa bem acima da taxa de 3,60% relativa a igual período de 2010.
Mais uma vez, o IPCA ficou acima do teto da meta do governo - de 6,5% para 2011 - ao registrar nos últimos 12 meses a taxa de 7,31%, o mais alto desde maio de 2005.
Os alimentos que pressionaram o indicador foram: o feijão carioca (6,14%), açúcar refinado (3,82%) e cristal (3,42%), frango (2,94%) e leite (2,47%).
Outro foco de aceleração dos preços veio do grupo transportes, cujos preços avançaram de 0,03% em agosto para 0,70% em setembro.
O resultado do grupo foi influenciado também pelos combustíveis (de -0,09% em agosto para 0,69% em setembro), com o preço do litro do etanol indo dos 0,3% registrados em agosto para 3,00% de setembro, e o litro da gasolina, 0,5% mais caro, enquanto em agosto teve queda de 0,14%.
A inflação preocupa o governo há meses. Nesta segunda-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse a alta dos preços é tão ruim quanto o juro alto.
Desde dezembro o governo anuncia ações para conter o crédito e reduzir o consumo. O objetivo é esfriar a economia e segurar a inflação, que cresce mês a mês.
Com a volta da crise econômica mundial, no entanto, o governo vem adotando um discurso contraditório, que prega o fortalecimento da demanda interna e o consumo, ora afirma que a inflação deve cair sob influência do cenário externo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário