A discussão sobre o trem-bala que pretende unir São Paulo e Rio vai continuar antes e durante sua construção. O Senado aprovou no dia 13 passado autorização para o BNDES conceder 20 bilhões de financiamento ao consórcio que irá construir o Trem de Alta Velocidade (TAV).
Durante a Sessão de votação, o Senador Itamar Franco argumentou sobre o TAV que já tinha sido aprovado na Câmara, e considerou a obra “inaceitável”, pediu que os senadores não aprovassem o projeto e tocou em vários pontos importantes, entre os quais:
O custo do trem-bala: Segundo ele, os 35 bilhões que se calcula irão custar a obra equivalem a quase 2 vezes o da hidrelétrica de Belo Monte, e 6 vezes superior ao da Ferrovia Transnordestina, e terá um custo por quilômetro 20 vezes superior ao de uma rodovia convencional.
Questão de prioridade: Itamar lembrou que, enquanto se financia o trem-bala, obras fundamentais para milhões de brasileiros, por insuficiência ou falta de recursos, andam devagar, como o metrô de São Paulo, ou não andam, como o metrô de Belo Horizonte, há dez anos sem crescer.
Correria para aprovar: queixou-se da correria para aprovação do projeto. Lembrou que, para analisar e estudar um tema tão complexo e importante, a relatora, Marta Suplicy, dispôs de 4 dias, ao passo que ele próprio mal teve 24 horas.
“Projeto inaceitável”: “Excelência, lamento, sinceramente, que uma senhora tão inteligente, uma senhora que tem uma vida pública respeitável [Marta Suplicy - relatora do projeto do Trem-bala] vá a essa tribuna para defender um projeto inaceitável. (…) Faço um apelo ao Senado da República, nesta tarde, para que rejeite esse projeto”
Itamar mostra porque, a seu ver, o projeto do trem-bala é “inaceitável”, Coluna de Ricardo Setti - Veja
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