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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Dilma "tem competência para escolher ou vai escolher outras Erenices?"

A pergunta acima foi feita à candidata Dilma, pelo então candidato Plínio de Arruda (PSOL) em um debate entre os candidatos a Presidente, em Setembro de 2010, na véspera do primeiro turno da eleição:

"Sobre o escândalo Erenice: a verdade é que a corrupção bateu na sala ao lado. De duas, uma: ou você é conivente ou é incompetente." E continuou:

"Você vai ter que escolher muita gente. Tem competência para escolher ou vai escolher outras Erenices?"

Decorridos onze meses, o governo de Dilma Rousseff revelou-se uma usina de Erenices. Foram ao olho da rua seis ministros. Cinco por suspeita de corrupção, e por incrível que pareça, quatro desses cinco, foram herdados do Governo Lula.

Antonio Palocci, Alfredo Nascimento, Wagner Rossi, Orlando Silva e Pedro Novais foram os Ministros afastados, quase que como em um efeito dominó, em que as denúncias iam surgindo, as crises aumentando, até que a situação se tornasse insustentável.

O sexto Ministro envolvido em escândalos de corrupção é Carlos Lupi, que também foi herdado, vejam só, do Governo Lula.

O preocupante, é que o Legislativo assiste a isso tudo como se não lhe coubesse a prerrogativa de fiscalizar o Governo ou investigar o malfeito. Age como se nada estivesse acontecendo, embora alguns parlamentares estejam tentando vencer a barreira da inércia, fazendo barulho.

Ao mesmo tempo, os vícios do presidencialismo de coalizão, sustentado pelo fisiologismo, pelo loteamento de cargos e pelo "toma lá, dá cá" entre o Governo e os partidos, faz com que os Ministros sejam trocados, mas partidos sejam mantidos à frente dos seus respectivos Ministérios; que os utilizam não como mecanismos de trabalho do Executivo para o desenvolvimento do Brasil, mas como fonte de fortalecimento político e financeiro de suas próprias siglas.

Isso sim é entreguismo! É a entrega ou doação da máquina do Estado a grupos e partidos aliados, sem nenhum compromisso com quem financia isso tudo: nós, os contribuintes.

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