Um projeto antigo importado para o Brasil, ganhou proporção com a Unificação no Processo de Seleção para Universidades em todo o país.
Já na sua 2ª Edição com 180 questões e uma Redação em 2 dias de prova, o Exame aplicado para jovens estudantes e interessados em ingressar na faculdade passa por uma séria onda de falta de credibilidade e confiança.
Em 2009, a prova foi roubada ainda na Gráfica, o que de surpresa, cancelou o exame que foi adiado e aplicado um mês depois.
Na versão de 2010 o Exame continha erros de impressão, falhas no gabarito, algumas versões da prova não estavam completas, cartões de confirmação se trocaram e chegaram em endereços diferentes, impossibilitando a execução da prova para alguns.
Não se sabe quantos estudantes foram afetados com os erros, mas algumas medidas polêmicas como a utilização restrita à caneta preta na prova foi uma das medidas considerada polêmica.
Enfim, essa nota de esclarecimento é para indagar - até o presente momento em que escrevo essa mensagem, o ENEM havia sido cancelado – como uma iniciativa tão positiva como essa que tem mobilizado escolas, cursinhos, e estudantes, pode ter credibilidade se anualmente os problemas são recorrentes chegando ao ponto de serem vexatórios e de desmoralizarem a instituição responsável por ele que é o INEP, supervisionado pelo Ministério da Educação?
Foram mais de 4 milhões de inscritos, que nesse momento não sabem com clareza qual será o desfecho dessa novela, o que tiramos dela, é que o Ministério demorou ao se pronunciar, que o ENEM e o Órgão de Educação saíram mais desmoralizados também.
Me indagou também o manifesto de um jornalista, sustentado pelos cofres públicos, mas que não passa de assessor, vir à público defender o ENEM e dizer que tudo não passa de uma Conspiração para atingir o Ministro da Educação. Ele também usa seu blog e da sua credibilidade para dizer que o ENEM incomoda a
elite e a imprensa que não gosta de pobres e que não quer vê-los na Universidade.Eu trago como testemunho próprio, fiz o ENEM e fiquei muito incomodado quando tive que interromper a prova, fechar o caderno de questões por que algo de errado havia acontecido - como uma prova assim pode ter credibilidade e ser respeitada e valorizada pelos estudantes e instituições de ensino?
Esse jornalista que é alto-falante do Governo por vias indiretas parece não respeitar os 4 milhões de estudantes e não respeitar uma democracia em que a Imprensa em geral – a não sustentada pelo Governo – tem o direito de expor suas opiniões e exigir competência e eficiência dos Governos e Instituições, afinal fiscalizar, esta é a função do Jornal, Rádio, TV e da oposição séria e comprometida na democracia!
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