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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Diagnóstico: Segurança

Painel Diagnóstico
Brasil, em época de transição do poder, em que políticos se sucedem nos cargos majoritários à frente dos Estados e do Governo Federal, em que outros políticos desocupam suas cadeiras para que outros possam chegar às Assembleias Legislativas e ao Congresso Nacional. Fim das eleições e momento de transição - momento oportuno pra fazermos um Diagnósticos das principais questões brasileiras: Segurança, Educação e Saúde.

Diagnóstico: Segurança

Guerra no Rio de Janeiro, bandidos enfrentando de igual para igual forças militares, favelas servindo de cenário para a violência, as drogas e a criminalidade, que são de solução difícil, mas de origem social, econômica e política.

- O maior problema da Segurança no Brasil é a questão da lei, a impunidade, burocracia e lentidão da Justiça, o Código Penal ultrapassado, e a falta de informatização e inteligência do Sistema são culminantes para o agravamento da questão da Segurança Pública.

- Ineficácia do Sistema Penitenciário, criado no intuito de punir os criminosos e reintegrá-los à sociedade, provoca atualmente o resultado oposto, bandidos se tornam ainda mais bandidos dentro das cadeias superlotadas, que misturam vários tipos de criminosos e geram revoltas. O ex-detento que sai da cadeia com boa intenção  enfrente preconceito e não tem muitas oportunidades á não ser, voltar ao crime.

- Dentre as principais causas da criminalidade e violência está a elevada desigualdade social, que não é vista com responsabilidade pelo estado. Não é apenas uma questão de ajuda ou benefício, ela tem que ser tratada com seriedade à fim de garantir maiores oportunidades ás pessoas que nas favelas, por exemplo, optam pelo crime e pelas facções, já que lhe garantem maior segurança e rentabilidade.

- Há nas regiões mais pobres pouca infra-estrutura, culpa dos Governos, que não investem o necessário em urbanização, habitação, saneamento, segurança, educação e cultura.

- Como já foi dito em um post anterior, as fronteiras brasileiras estão abandonadas, não há segurança ou fiscalização que proteja essa grande área que o Brasil tem com os países vizinhos. São por elas que entram drogas e armas que sustentam o crime das facções criminosas.

- Há portanto, omissão e ineficiência do estado.

- Municípios de grande, médio e pequeno porte encontram-se de mãos atadas, e muitos estados também não encontram recursos e planejamento necessário para tratar essa questão que tem que ser levantada em esfera Nacional com veemência e responsabilidade.

Soluções:

- Reforma Judiciária - pra informatizar a Justiça, atualizá-la promovendo um Sistema mais adequado á realidade nacional, que seja mais rígido na questão penal e criminal e que trate da questão de dependentes químicos como pessoas que tenham que ser amparadas e tratadas á fim de cortar seus laços com as drogas proveniente do tráfico que sustenta as facções criminosas.

- Reforma Penitenciária, erradicando a superlotação, com reavaliação dos processos dos detentos, com penas alternativas, serviços sociais e coletivos como na construção de escolas, na reforma e pintura de creches e postos de saúde, na jardinagem da cidades. E a adequação das penitenciárias ao mínimo de respeito aos direitos humanos, com inclusão de sistema de ensino, profissionalização de detentos buscando sua reintegração na sociedade. Inclusão do trabalho obrigatório aos detentos á fim de que eles paguem pelas suas despesas dentro da reclusão. Informatização do Sistema e reformas nas delegacias e penitenciárias também seriam levadas em contas na Reforma Penitenciária.

- Programa de Urbanização de Favelas e a introdução do Estado e das Políticas Públicas nas regiões mais pobres.

- Polícia de fronteira, com atividade das Forças Armadas e Polícias á fim de monitorar e fiscalizar nossas fronteiras em toda a sua extensão.

- Reforma Política, à fim de permitir maior representatividade e poli´ticas públicas mais eficientes que atendam à população.

- Reforma Tributária, para que os recursos arrecadados não se concentrem com o Governo Federal, e sim, sejam partilhados entre os municípios para que possam colocar em práticas políticas públicas de acessibilidade do estado às regiões mais pobres.

- Preocupação do estado e da sociedade com a reintegração social de detentos

- Plano Nacional de Segurança com medidas de curto, médio e longo prazo, de todas as esferas do Governo, com parceira público-privada e atividade dos Setores Sociais.

'Dia D será quando tiver um plano de segurança sério' - José Padilha direitor de "Tropa de Elite"

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O que são Direitos Humanos?

Os direitos humanos são os direitos e liberdades básicos de todos os seres humanos. Conceito de direitos humanos tem a ideia também de liberdade de pensamento e de expressão, e a igualdade perante a lei.

"Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade." - Declaração Universal dos Direitos Humanos - ONU

Um dos documentos mais antigos que vinculou os direitos humanos é o Cilindro de Ciro, que contêm uma declaração do rei persa Ciro II depois de sua conquista da Babilônia em 539 aC. Foi descoberto em 1879 e a ONU o traduziu em 1971 a todos seus idiomas oficiais. Pode ser resultado de uma tradição mesopotâmica centrada na figura do rei justo, cujo primeiro exemplo conhecido é o rei Urukagina, de Lagash, que reinou durante o século XXIV aC, e de onde cabe destacar também Hammurabi da Babilônia e seu famoso Código de Hammurabi, que data do século XVIII aC. O Cilindro de Ciro apresentava características inovadoras, especialmente em relação a religião. Nele era declarada a liberdade de religião e abolição da escravatura. Tem sido valorizado positivamente por seu sentido humanista e inclusive foi descrito como a primeira declaração de direitos humanos.

Documentos muito posteriores, como a Carta Magna da Inglaterra, de 1215, e a Carta de Mandén, de 1222, se tem associado também aos direitos humanos. Na Roma antiga havia o conceito de direito na cidadania romana a todos romanos.

Durante a Revolução inglesa, a burguesia conseguiu satisfazer suas exigências de ter alguma classe de seguridade contra os abusos da coroa e limitou o poder dos reis sobre seus súditos, proclamando a Lei de Habeas corpus em 1679, em 1689 o Parlamento impôs a Guilhermo III da Inglaterra na Carta de Direitos (ou Declaração de direitos) uma série de princípios sobre os quais os monarcas não podiam legislar ou decidir.

A primeira declaração dos direitos humanos da época moderna é a Declaração dos Direitos da Virgínia de 1776, escrita por George Mason e proclamada pela Convenção da Virgínia. Esta grande medida influenciou Thomas Jefferson na declaração dos direitos humanos que se existe na Declaração da Independência dos Estados Unidos da América de 4 de julho de 1776, assim como também influenciou a Assembleia Nacional francesa em sua declaração, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789 esta última definia o direito individual e coletivo das pessoas.

Desde o nascimento da Organização das Nações Unidas em 1945, o conceito de direitos humanos se tem universalizado, alcançando uma grande importância na cultura jurídica internacional. Em 10 de dezembro de 1948 a Declaração Universal dos Direitos Humanos foi adotada e proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas, como resposta aos horrores da Segunda Guerra Mundial e como intento de sentar as bases da nova ordem internacional que surgia atrás do armistício.

Posteriormente foram aprovados numerosos tratados internacionais sobre a matéria, entre os quais se destacam os Pactos Internacionais de Direitos Humanos de 1966, e foram criados numerosos dispositivos para sua promoção e garantia.

Os direitos humanos seriam os direitos de liberdade, compreendendo os direitos civis, políticos e as liberdades clássicas, os direitos de igualdade, constituindo os direitos econômicos, sociais e culturais.e direitos de fraternidade, ao meio ambiente equilibrado, a uma saudável qualidade de vida, ao progresso, paz, auto determinação dos povos e outros direitos difusos.

Posteriormente, com os avanços da tecnologia e com a Declaração dos Direitos do Homem e do Genoma Humano feita pela UNESCO, a doutrina estabeleceu a quarta geração de direitos como sendo os direitos tecnológicos, tais como o direito de informação e biodireito.

A Assembleia Geral proclama a presente Declaração Universal dos Direitos Humanos como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade, tendo sempre em mente esta Declaração, se esforce, através do ensino e da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas progressivas de caráter nacional e internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universal e efetiva, tanto entre os povos dos próprios Estados-Membros, quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição.

Liberdade sem exceções

Liberdade - o ato e o poder de se expressar, de se manifestar sobre toda e qualquer questão. À todo ser humano, a liberdade é irrestrita e inviolável, e é essa mesma liberdade, o pilar fundamental da democracia.

Preocupo-me ao ler declarações de pessoas de alto escalão dentro do Governo, defenderem "restrições" à imprensa e "controle" aos meios de comunicação.

Esses mesmos argumentos foram usados na Venezuela, na Coreia do Norte, no Irã, em Cuba, e em todos os regimes totalitários e déspotas.

A Liberdade de Expressão, e de Imprensa é a jugular da democracia, e todos os regimes autoritários tentaram e ainda tentam atacá-la, para solapar, por tabela, a democracia.

clique aqui - Ministro-chefe da Comunicação Social do Governo Lula, Franklin Martins "confia" que Dilma vai criar controle dos meios de comunicação.

É por isso que escrevo esse post, pois não há democracia sem liberdade de imprensa, e não há imprensa livre com mecanismos ou comissões que façam o controle público.

Liberdade sem exceções, em um país com a democracia adolescente, com um sistema político complexo e de pouca representatividade, eficiência e consciência.    

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

As metas do Brasil, segundo a ONU

Para atingir os oito objetivos de desenvolvimento do milênio, a Organização das Nações Unidas (ONU) apresentou um conjunto de 18 metas, a serem monitoradas por 48 indicadores, permitindo comparações em escala mundial.


Os oito objetivos - e suas metas internacionais e brasileiras, a maioria a ser alcançada 2015 - são os seguintes:


Para acompanhar o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento clique aqui


I - Erradicar a extrema pobreza e a fome
 
Meta 1: Reduzir pela metade a proporção da população com renda inferior a um dólar per capita por dia.


           Meta 1A (brasileira): Reduzir a um quarto a proporção da população com renda inferior a um dólar per capita por dia


Meta 2: Reduzir pela metade a proporção da população que sofre de fome
           Meta 2A (brasileira): Erradicar a fome.


II - Universalizar a educação primária


Meta 3: Garantir que as crianças de todos os países, de ambos os sexos, terminem um ciclo completo de ensino.


           Meta 3A (brasileira): Garantir que todas as crianças, de todas as regiões do país, independentemente da cor, raça e do sexo, concluam o ensino fundamental


III - Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres


Meta 4: Eliminar as disparidades entre os sexos no ensino fundamental e médio, se possível até 2005, e em todos os níveis de ensino, o mais tardar até 2015


IV - Reduzir a mortalidade na infância


Meta 5: Reduzir em dois terços a mortalidade de crianças menores de 5 anos de idade


V - Melhorar a saúde materna


Meta 6: Reduzir em três quartos a taxa de mortalidade materna


           Meta 6A (brasileira): Promover, na rede do Sistema Único de Saúde (SUS), cobertura universal por ações de saúde sexual e reprodutiva até 2015
           Meta 6B (brasileira): Ter detido o crescimento da mortalidade por câncer de mama e de colo de útero, invertendo a tendência atual


VI - Combater o HIV/AIDS, a malária e outras doenças


Meta 7: Ter detido a propagação do HIV/Aids e começado a inverter a tendência atual


Meta 8: Ter detido a incidência da malária e de outras doenças importantes e começado a inverter a tendência atual


VII - Garantir a sustentabilidade ambiental


Meta 9: Integrar os princípios do desenvolvimento sustentável às políticas e aos programas nacionais e reverter a perda de recursos ambientais


Meta 10: Reduzir pela metade a proporção da população sem acesso permanente e sustentável a água potável e esgotamento sanitário.


Meta 11: Até 2020, ter alcançado uma melhora significativa na vida de pelo menos 100 milhões de habitantes de assentamentos precários


VIII - Estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento


Meta 12: Avançar no desenvolvimento de um sistema comercial e financeiro aberto, baseado em regras, previsível e não-discriminatório


Meta 13: Atender às necessidades dos países menos desenvolvidos, incluindo um regime isento de direitos e não sujeito a cotas para as exportações dos países menos desenvolvidos; um programa reforçado de redução da dívida dos países pobres muito endividados e anulação da dívida bilateral oficial; e uma ajuda pública para o desenvolvimento mais generosa aos países empenhados na luta contra a pobreza


Meta 14: Atender às necessidades especiais dos países sem acesso ao mar e dos pequenos estados insulares em desenvolvimento


Meta 15: Tratar globalmente o problema da dívida dos países em desenvolvimento, mediante medidas nacionais e internacionais, de modo a tornar a sua dívida sustentável


Meta 16: Em cooperação com os países em desenvolvimento, formular e executar estratégias que permitam que os jovens obtenham um trabalho digno e produtivo


Meta 17: Em cooperação com as empresas farmacêuticas, proporcionar o acesso a medicamentos essenciais a preços acessíveis nos países em desenvolvimento


Meta 18: Em cooperação com o setor privado, tornar acessíveis os benefícios das novas tecnologias, em especial das tecnologias de informação e de comunicações 

Fonte: Agência Senado

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Cultura - barreiras sociais

Recolhi para esse post, fragmentos de uma matéria do UOL, que traz dados do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) sobre a acessibilidade da população à cultura.
 
Preços altos, barreira social e distância são os grandes fatores responsáveis pela percepção do brasileiro de que o acesso às atividades culturais no país é difícil. É o que indica o Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS), criado pelo Ipea.

Para 71% dos entrevistados, os preços altos são obstáculo ao acesso à oferta cultural, acreditam que esse ponto é um importante empecilho para usufruir dos bens culturais. Outra razão apontada como obstáculo foi a barreira social imposta pelo perfil do público que frequenta espaços culturais. Para 56%, há essa barreira.

Além disso, em relação à localização dos equipamentos culturais, 62,6% o percebem como distante do lugar onde moram. Apenas para 35,3% a localização não é um problema significativo. Quanto maior rendimento, maior proximidade e acesso a equipamentos urbanos de cultura e lazer, diz a pesquisa.

Para 35,4%, o tempo é insuficiente para fazer tudo o que se desejam. Já 44,9% disseram que o tempo é suficiente, mas que sempre há alguma atividade ainda a ser feita, como compromissos, cuidados com a casa, compras, entre outros. São apenas 18,4% os que percebem ter grande parcela de tempo disponível, mas afirmam não encontrar nada de interessante para preenchê-lo.

Se tivessem mais tempo, os entrevistados disseram que procurariam,em primeiro lugar, fazer cursos (33,3%), seguido de práticas esportivas (16,1%); não fazer nada (15,1%); cuidar dos filhos, da família e da casa (13%). A realização de atividades mais próximas das práticas culturais como estudar, pesquisar e ler foi indicado por apenas 9,9% dos entrevistados; e frequentar espaços culturais e de lazer, por 7,7%. Por fim, a opção de praticar atividades artísticas foi apontada por 3,6%.

Hoje, a maioria dos brasileiros tem como atividade cultural assistir televisão. São 78% os que afirmaram assistir televisão ou DVD todos os dias. Música é outra prática disseminada: 58,8% afirmaram que a frequência da prática é diária, e outros 25,5% ouvem rádio/música pelo menos uma vez por mês.


A frequência é menor para teatro, circo e shows: 59,2% disseram nunca ir e 25,6% afirmaram ir raramente. Apenas 4,2% visitam museus e centros culturais pelo menos uma vez por mês.

Comentário:

Investir em Cultura, Esporte e Lazer também são tarefas do Governo e da Administração Pública. Proporcionar espaços culturais e desenvolvimento artístico garante maiores oportunidades para as famílias de baixa renda, e consequentemente aumenta a qualidade de vida dessas pessoas.

Além de estar previsto na Constituição, os cidadão brasileiros tem o direito de ter acesso à Cultura, ao Esporte e ao Lazer, cabendo aos políticos criar tais espaços e condições para que ocorram.

Para que o Brasil se torne um país verdadeiramente desenvolvido, é preciso olhar com maior atenção à Cultura, ao esporte e à Educação, pois são com essas Políticas Públicas voltadas ao jovem e ao cidadão que se garante novas oportunidades e perspectivas para as pessoas. 

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Político Ideal

Texto antigo - mas que vale a pena

O político ideal é aquele que olha para a Nação antes de olhar para o próprio umbigo!

O político ideal é aquele que defende o que acha ser o certo, e não aquilo que disseram para ele que é certo!

O político ideal é aquele que garante oportunidade ao povo, e combate o oportunismo!

O político ideal é aquele que representa seus eleitores antes de defender seus patrocinadores!

O político ideal é aquele que olha para o futuro com esperança e vê o presente com imparcialidade!

O político ideal é aquele que assume responsabilidades quando erra e não aquele que se esquiva com covardia!

O político ideal é aquele que tem voz própria, que tem opinião, que tem coerência com o que disse antes e depois!

O político ideal é aquele que respeita os opositores e a opinião pública!

O político ideal é aquele que não tenta jogar o Presente contra o Passado, é aquele que analisa o Presente e traça metas para o Futuro!

O político ideal é aquele que critica quando é necessário e não quando lhe é conveniente!

O político ideal é aquele que estuda estatísticas de educação, saneamento, segurança, e não fica em eterna lua-de-mel com a popularidade!

O político ideal é aquele que dá a cara a tapa, que não se esconde; que não se amedronta; que não se esquece que acorda todos os dias para construir um Brasil melhor!

O político ideal é aquele que tem capacidade, que tem passado; que tem memória, que tem palavra, competência, e não aquele que é simplesmente maquiado por marketeiros para parecer uma pessoa capaz de construir meros programas governamentais com fins publicitários e sem nenhum retorno à Nação, por se tratarem de obras que já nasceram embargadas!

O político ideal é aquele que tem coerência entre o que diz, o que é e o que faz.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Agenda de Reformas

Autor Desconhecido

1. Reforma política, a começar pela Constituição: seria útil uma “limpeza” nas excrescências indevidas da CF, deixando-a apenas com os princípios gerais, remetendo todo o resto para legislação complementar e regulatória. Em vista dos seus custos para o País e os cidadãos (que pouco sabem do nível real de despesas), seria conveniente operar uma diminuição drástica dos corpos legislativos em seus vários níveis (federal, estadual e municipal). No campo da reforma eleitoral, introduzir a proporcionalidade mista, com voto distrital em nível local e alguma representação por listas no plano nacional, preservando o caráter nacional dos partidos.

2. Reforma administrativa com diminuição do número de ministérios, e atribuições de funções a diversas agências reguladoras. Retomada da privatização das empresas estatais que ainda existem e que são fontes de ineficiências e corrupção. Fim geral da estabilidade no serviço público, salvo para algumas carreiras de Estado (estritamente definidas).

3. Reforma econômica ampla, com diminuição da carga tributária e redução das despesas do Estado; severo aperto fiscal nos criadores de despesas “inimputáveis”, que são os legislativos e o judiciário. Reformas microeconômicas de molde a criar um ambiente favorável ao investimento produtivo e ao lucro e para diminuir a sonegação e a evasão fiscal.

4. Reforma trabalhista radical, no sentido da flexibilização da legislação laboral, dando maior espaço às negociações diretas entre as partes. Extinção da Justiça do Trabalho, ela mesma uma das fontes de criação e sustentação de conflitos. Eliminação do imposto sindical, que alimenta organizações de papel, de comportamento rentista.

6. Prosseguimento da abertura econômica e da liberalização comercial; acolhimento do investimento estrangeiro e adesão a regimes proprietários mais avançados.

5. Reforma educacional completa, com retirada do terceiro ciclo da responsabilidade do Estado e concessão de completa autonomia às universidades públicas (mantendo-se a transferência de recursos para fins de pesquisa e projetos específicos). Concentração dos recursos públicos nos dois primeiros níveis e no ensino técnico-profissional, cuja valorização passa pelo treinamento e qualificação adequados dos professores e a introdução de sistemas de remuneração por mérito e rendimento (diretamente aferidos pelos resultados dos alunos).

Talvez subsista alguma contradição entre o título deste ensaio e o seu escopo amplamente reformista, mas o fato é que a distância entre a amplitude dos problemas brasileiros detectados e as modestas possibilidades de seu encaminhamento satisfatório pela via das reformas justifica, realisticamente, o uso do conceito. Não podemos esperar mais do que progressos modestos, se é que algum será feito nos próximos meses e anos...

Fonte: desconhecida

Obs: As proposições aqui apresentadas, não são, necessariamente consonantes com as ideias do autor deste blog.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

121 anos de República

15 de Novembro de 1889, e 15 de Novembro de 2010

O Brasil mudou.

Em 121 anos de República, oficialmente perdemos o cordão umbilical que nos ligava aos nossos colonizadores. Tal Proclamação foi motivada por questões religiosas, militares e econômicas de uma elite, mas garantiram múltiplos benefícios para a história nacional.
O Brasil que se transformou nesses 121 anos, viu a democracia ser implantada e extraída periodicamente, viu as ideologias e a imprensa serem por muitas vezes perseguidas e caçadas. A Liberdade foi por muitos anos algo simbólico e os discursos de alguns não condiziam com a realidade de todos.

Somos um país em metamorfose. Iniciamos a República como agroexportadores, a vida política se confundia com os interesses econõmicos e militares. A noção de democracia era pouco abrangente, e os interesses de poucos governavam esse país de muitos.

As práticas políticas eleitoreiras do Café com Leite não deram boa impressão, e o coronelismo que até hoje deixa marcas nos sobrenomes e nas disnatias políticas, reinou no Brasil e garantiu o monopólio político para a elite agroexportadora do eixo Minas-São Paulo.

Com a crise de 29, o Brasil passou por uma muda, a casca que ainda persistia desde o Império teve que se renovar, e o Brasil passou por tansições políticas e econõmicas. A industrialização sonhada pelo Barão de Mauá no século anterior, é finalmente realizada quando a agroexportação já não conseguia suprir as necessidades econõmicas do Brasil, de grandes potenciais.

Com o fim do Café-com-Leite, uma Nova Era, apesar de que muitos dos mesmos continuavam mandando, um líder nato entra na História, nesse momento de adolescência da República, o Brasil tem novamente cessado o seu direito de democracia, e a liberdade é colocada em xeque, maqueada pelo populismo Getulista e pelo ensejo de se manter no poder.

Com a 2ª Guerra Mundial, as Forças Militares se aprimoram ideologicamente e se motivam no combate á ditadura populista imposta no Brasil que já perdurava quase 15 anos.

O Brasil ganha o direito de voltar á democracia, e elegem-se Presidentes que se alternaram no poder, garantindo desenvolvimento nacional com ideais de Liberdade e Democracia.

A capital Federal é transferida, e a Política simbolicamente se afasta do povo. Em Brasília, o poder se esconde as grandes massas, e a representatividade perde força, mas por razões econômicas, a interiorização da capital também marca a interiorização e expansão da indústria e do desenvovimento nacional propriamente dito.

Mas o contexto da Guerra Fria aflora os sentimentos, a polarização é grande, e mais uma vez o Brasil sofre um momento conturbado. O direito à democracia é novamente cessado, e os anos de chumbo são impostos pelas Forças Armadas.

Quase 21 anos, de opressão e silêncio. Como em momentos anti-democráticos de anteriormente, a jugular da democracia foi atacada com a censura à imprensa e o fechamento do Congresso Nacional.

Em meio ao conturbado momento econômico vivido no Mundo, a ditadura desmorona com a pressão popular. As portas do Legislativo são reabertas, lideranças de todo o Brasil retomam aos palanques, os exilados voltam ao país, e a Lei da Anistia absolve militantes e militares que estiveram em lados opostos nas trincheiras pelo Brasil.

Diretas Já! A Grande mobilização política Nacional, apesar de não ter obtido êxito, marcou o retorno da participação popular nas galerias do Congresso e nas trincheiras da democracia!

Por eleições indiretas, acordos de bastidores, o Congresso Nacional elege o 1º Presidente Civil do MDB após quase 21 anos de tomada do poder pelos militares. 

Quis o destino e a história que Tancredo Neves não assumisse, mas com José Sarney, a trasição é conduzida com seriedade e sob a regência de Ulysses Guimarães, o Congresso Nacinal entrega depois de dois anos de trabalho, a Constituição Cidadão, a voz do povo na forma da lei.

O Brasil vive a empolgação do momento político, a transição ressuscitou a democracia e a liberdade. Mas na área econômica, a inflação aborta os sonhos brasileiros, e as moedas caem sequencialmente.

Cruzeiro, Cruzado, Cruzeiro novo, Plano Verão, Plano Sarney e outros planos se sucedem e dão esperança mas fracassam no intuito de estabilizar a economia e devolver ao povo o poder de compra.

Momentos difíceis na Economia, uma Presidente de 40 anos é democraticamente eleito pela população, Fernando Collor dá continuidade à estabilização política e econômica, é o responsável pela abertura econômica que permitiu que a Economia Nacional se desenvolvesse.

Mas ainda assim, a inflação é uma realidade nacional, na tentativa de solucioná-lo, Collor envolve-se em escândalos de corrupção e além do meio econômico, o político também se abala. O primeiro Presidente eleito, se torna o primeiro cassado. Impeachment leva a renúncia de Fernando Collor, e no seu lugar assume Itamar Franco.

A história da República respira novo oxigênio, Itamar Franco, austero, sério e comprometido, promove a estabilização econômica com um plano que seria uma aposta que daria certo, o Plano Real feito por técnicos da área econômica liderados pelo Ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso.

O Real deu certo, apesar de que alguns líderes nacionais tenham sido contra, por razões políticas que enquadravam a oposição ao Governo Itamar.

Itamar Franco promoveu com o Real, a estabilização macroeconômica do país, mas para que a inflação fosse controlada à longo prazo, a continuidade do Plano seria fundamental, nesse intuito, é eleito seu sucessor, Fernando Henrique Cardoso.

A República das transições, passa pela estabilização econômica.  FHC também foi o responsável por privatizar empresas estatais como a Telebrás e a Companhia Vale do Rio Doce, como forma de estancar os históricos déficits nas contas governamentais e garantir a estabilidade do real. Inicia também importantes programas sociais como o Bolsa-escola e a aposentadoria rural.

No Governo FHC também são tomadas medidas importantes em diversas áreas, a telefonia chega ao alcance nacional, são criados os genéricos e o Brasil se torna pioneiro no combate à AIDS de forma exemplar. FHC se destaca pelas Reformas na área econõmica, e  Brasil no começo do século XXI ganha destaque entre os países mais promissores para o futuro, os BRIC´s.

Sai FHC e entra Lula - com a promessa de conduzir Reformas importantes como a Política e a Tributária, seu Governo se destaca nas poli´ticas sociais e na continuidade da política econômica do Governo anterior.  

A economia hoje contém uma indústria e agricultura sofisticadas, e um setor de serviços em expansão. As
recentes administrações expandiram a inserção do país no mercado mundial, com saltos de investimentos e produtividade em alguns setores, como o de telecomunicações e automobilístico, mas ainda deixando a desejar na eficiência de portos marítimos, estradas de ferro, geração de eletricidade, aeroportos e outros melhoramentos da infra-estrutura.

Entre os principais desafios do país para o futuro estão um salto qualitativo na educação e saúde, a desburocratização do empreendedorismo, uma resposta eficiente aos problemas de segurança pública e favelização dos centros urbanos, maior transparência nos gastos públicos e o combate veemente à corrupção.

Esse é o Brasil República, o Brasil que se transforma na continuidade e na renovação, no Brasil que se contrói a cada dia com um povo trabalhador e com uma classe política que some, e não que subtraia.

O Brasil dos próximos anos, precisa de cidadãos conscientes, que valorizem e defendam a democracia, a liberdade e a política participativa.

Fonte: Wikipedia (trechos) 

sábado, 13 de novembro de 2010

Bons exemplos à serem copiados - Meio Ambiente e Energia

Provérbio Japonês já diz: "Se não tem criatividade para fazer, copie!" - e na Administração Pública, na Política de fazer as coisas pelas pessoas, e para o povo, a cópia de bons projetos deve ser algo constante.

Assim como Bolsa Escola e Bolsa Família. Mãe Curitibana e o Mãe Paulistana, o Bilhete Único Paulista e o Carioca, a Lei anti-fumo e tantos outros projetos que podem ser copiados por estados, municípios e em escala nacional.

Quando se trata de respeito ao Meio Ambiente e Fontes de energia, a regra é a mesma.

Olha essa matéria da Globo News: Igreja inova e instala teto solar na França - clique aqui

Energia Eólica

 Biomassa

Em pleno século XXI, não dá mais pra ficar insistindo na dependência pelas fontes de energia não renováveis, o desenvolvimento sustentável deve estar cada vez mais nas mesas de discussão de empresários e políticos também. Não dá mais, pra tratar o aquecimento global como algo pro futuro, e a questão de desperdício de água e a provável falta dela como algo para as próximas gerações!

A geração que se forma agora, de cidadão e governantes deve estar mobilizada, no intuito de tratar a questão ambiental com seriedade e abrangência.

Já há algumas iniciativas particulares, como a instalação domiciliar de painéis para energia solar, outros já se adaptaram à reciclagem do lixo, já há também algumas famílias e empresas que tomaram medidas para conter o desperdício e reaproveitar a água.

Como bons exemplos devem ser copiados, nosso país, os Estados e Municípios podem sim conciliar políticas públicas com respeito ao meio ambiente.

Podem ser copiados de outros países, iniciativas como a isenção de impostos para produtos como paineis solares, cisternas de reaproveitamento de água da chuvas, entre outros que garantam novas atitudes que respeitem o meio ambiente

O trabalho em torno da adequação de práticas ecologicamente viáveis, como a coleta seletiva, reciclagem do lixo, preservação de nascentes, arborização das vias públicas, reflorestamento de áreas desmatadas, preservação de matas ciliares, desocupação de áreas irregulares, coleta do óleo de cozinha e sua reciclagem, o tratamento do esgoto antes do seu despejo em rios, a inspeção anual de veículos para
combater a excessiva e nociva emissão de
poluentes, são algumas medidas que podem garantir um futuro melhor.

Incentivar as novas fontes de energia renovável, em grande escala, como a Energia Eólica e a proveniente da Biomassa. E em nível de condomínios, casas e empresas, a instalação de paineis solares.

Assim, com ideias que são colocadas em prática, se garante um futuro melhor, com maior qualidade de vida para os brasileiros que farão a sua parte no respeito ao Meio Ambiente e à Preservação ambiental.  

Equação Brasileira

Descentralização, Planejamento, Transparência, Eficiência e Austeridade - é assim que se tem que Governar.

Na coluna que escrevi - Como mudar o Brasil - destaquei a importância da participação e mobilização política pra mudar de fato o que está errado, corrigindo erros, promovendo Reformas e adquirindo representatividade.

A equação brasileira, é um fórmula que apresento pra mudar o Brasil.

Governar é escolher - essa frase não é minha, mas tem que ser o lema do político - e não é possível que em um pequeno intervalo de tempo, se solucione todos os problemas nacionais de forma tão simples.
Aliás, muitos dos problemas do Brasil, são de origens e de solução complexa, mas antes de mais nada, exigem boa intenção política pra fazer as coisas saírem do papel.

O Brasil meus amigos, não irá melhorar a Educação, a Saúde, a Segurança e outras infinidades sem antes promover as Reformas, caso contrário, o Brasil cotinuará martelando como vem fazendo nos últimos anos, com medidas provisórias de efeito imediato, mas de pouca consistência para o futuro!

Promover as Reformas, Política, Judiciária, Tributárias, Previdenciária, Agrária, Educacional, entre outras, pra garantir que a Constituição e o Sistema se modelem de acordo com as grandes mudanças pelas quais o país passou nas últimas décadas.

Promover as Reformas, significa descentralizar a Administração Pública, mudar a distribuição de recursos, aumentar a autonomia e eficiência das Prefeituras e dos Governos Estaduais.

Garantir um Sistema Judiciário mais ágil, mais eficiente. Maior punição e seriedade em todos os estratos da Justiça. Submeter de forma equilibrada todo e qualquer cidadão à Lei, e exigir que o bom exemplo venha dos Governantes, à começar pelo Presidente da República.

Uma Reforma Tributária, para trazer eficiência, coesão, e transparência na arrecadação de impostos. Permitir que Estados e Municípios tenham autonomia e que os brasileiros paguem seus impostos de forma mais justa. Também desburocratizar e apoiar Micro e Pequenas Empresas, promovendo a sua proteção na questão de arrecadação de impostos, para que se reduza, por tabela, o número de profissionais informais. 

Dinheiro não nos falta, desde Janeiro, já arrecadamos mais de 1 trilhão de reais indo de impostos e contribuições pagas pelos brasileiros. A grande questão que nos remete, é porque tais recursos não conseguem ser revertidos em bons serviços e em melhora na qualidade de vida das pessoas. Porque, diante de tanto dinheiro, a Administração Pública parece tão ineficiente?

A resposta é simples, pela já mencionada desigual distribuição de recursos, pela concentração dos recursos com o Governo Federal e pela dificuldade enfrentada por Prefeitos e Governadores de atenderem a população que arrecada muito, mas recebe pouco em troca.

Para tanto, promover as reformas, descentralizar a administração pública, garantir mais recursos pra Estados e Municípios, defender a Municipalização e o apoio aos Municípios, garantir mais eficiência e transparência dos gastos públicos, e investir de forma concreta e planejada. Assim, Educação, Saúde, Segurança, Saneamento, Meio Ambiente, Transporte, e Infra-estrutura vão ter uma grande melhora no nosso país.  

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Como mudar o Brasil?

Brasil, um país continental, de problemas complexos, mas de muita criatividade e disposição pra solucionar. Brasil, um país de grande potencial econômico e energético, de recursos hídricos e naturais. Brasil, uma país de mais de 185 milhões, de grande diversidade étnica e religiosa. Brasil da tolerância e da solidariedade, Brasil do diálogo e da compreensão. Brasil da democracia jovem!

Somos um país com grandes deficiências, nossa Educação é uma das piores da América Latina, países como Chile e Argentina estão à frente, por descobrirem antes de nós que um país só cresce quando investe na Educação.

Somos um país de centralização do Poder, da submissão do Judiciário e do Legislativo que se curvam ao Executivo. Brasil, o país que prefere o imediatismo das medidas provisórias ao planejamento dos projetos de médio e longo prazo. País paternalista, país de meia dúzia de oportunistas que valorizam o 'jeitinho" em detrimento ao comportamento consciente e sério dos cidadãos.

Brasil, um país de dádivas naturais, mas de atrasos sociais e ideológicos muito grandes. Um país que não é exigente com seus governantes, e que vendou-se frente às anemias das políticas públicas. Brasil da ineficiência do estado, da inércia e de atrasos do assitencialismo.

Brasil que parece não dar a devida importância às reformas, que paga seus impostos sem ver, que nem sequer exige transparência nos gastos públicos do Governo.  

O que falta para o país? 

O que falta para a nossa Educação, Saúde, Segurança melhorarem? O que falta para que o Saneamento chegue a todos, que o Meio Ambiente seja protegido e respeitado, que o desenvolvimento concilie com a agenda sustentável? O que falta pra termos mais Justiça? Um justiça mais justa e mais ágil? O que falta pra que a seca e a fome sejam combatidas com firmeza e planejamento e não com obras faraônicas que remediam um problema de expressão nacional? O que falta para que os cidadãos respeitem as cidades e se submetam às leis, e que os políticos sirvam ao povo ao invés de servirem-se de nós?

Falta consciência do cidadão, do eleitor, do brasileiro. Falta mobilização das Instituições e predisposição da sociedade para defender a Nação.

É pra isso que estamos aqui, pra construirmos um Brasil mais sério, mais coerente, mais legítimo, que busque na política a representatividade necessária para que cidadão, sociedade e Estado façam!

Reforma Política: Democratizar a democracia

Coluna escrita por Marco Maciel ao site Terra.com

Alcançamos, no último domingo de outubro, um feito sem precedentes na história brasileira: o mais longo período democrático já vivido no País.

Com a realização da sexta eleição direta para Presidente da República, o período democrático inaugurado com a Constituição de 1988 supera aquele vivido de 1946 a 1964. Mas, como bem registra o jornal O Estado de São Paulo, em suplemento especial publicado na véspera do pleito, em que pese essa importante conquista ainda estamos diante de uma história cheia de votações, mas pobre de democracia.

Sintetiza o jornalista Wilson Tosta, no referido suplemento: "Vota-se no Brasil desde a Colônia, com as eleições para Câmaras de Vereadores, nos processos de independência, durante a República Velha e após as ditaduras do Estado Novo e de 64. O povo, contudo, foi mantido à margem da maior parte das decisões. Somados os 19 anos de democracia pós-1945 e os 21 posteriores à Constituição de 1988, chega-se a 40 anos, equivalentes a um terço do período republicano, 21,2% da vida independente e menos de 10% da história do Brasil".

É importante ter sempre presente que a Constituição de 1988 nasceu - fato pouco percebido pela sociedade brasileira - de amplo acordo político, o intitulado "Compromisso com a Nação". Esse pacto, talvez o mais importante de nossa história republicana, ensejou a eleição da chapa Tancredo Neves/José Sarney, por intermédio do Colégio Eleitoral, e tornou possível, de forma pacífica, a passagem do regime autoritário para o Estado Democrático de Direito.

Observe-se ainda que, como toda obra humana, uma constituição tem virtudes e imperfeições. As virtudes decorrem do contexto histórico em que são discutidas e votadas. No período 1987/88, aspirava-se, antes de tudo, à restauração plena das liberdades e garantias individuais e à edificação de uma democracia sem adjetivos. As imperfeições derivam, observo como constituinte, do afã de tudo regular, consequência talvez da crença na onipotência do Estado.

Feitas as ressalvas, não é exagero afirmar que a Constituição de 1988, batizada "Constituição Cidadã" pelo Presidente Ulysses Guimarães, ofereceu ao povo brasileiro a mais ampla Carta dos Direitos Individuais e Coletivos e o mais completo conjunto de Direitos Sociais que o País conheceu. Contudo, as mudanças econômicas e as transformações sociais dela decorrentes não esgotaram o processo indispensável para a adaptação do Brasil às novas exigências de um mundo em que a competição e a integração se tornaram inevitáveis.

Cumpre, agora, completar essa obra com a reforma da estrutura política institucional, opinião que expomos, insistentemente, antes mesmo da realização do plebiscito de 21 de abril de 1993, no qual o povo se pronunciou pela manutenção do regime republicano e do sistema presidencialista.

Não se trata apenas de operar algumas mudanças formais e limitadas deste ou daquele poder. É preciso algo mais abrangente e profundo, em relação aos três ramos especializados de atuação do Governo.

Urge uma reforma legislativa que implique, concomitantemente, a alteração dos mecanismos decisórios da representação política, para que possamos, a partir daí, consumar a reforma do próprio Legislativo, em todos os níveis, tornando-o mais ágil e ajustável, em consonância com as mudanças que se operam na sociedade à revelia do Estado.

O mesmo se pode dizer em relação ao Judiciário. Tão importante quanto dinamizar e tornar mais acessível a prestação jurisdicional é o desafio de ajustar a lei aos imperativos da Justiça, sem que isto implique diminuir o respeito ao devido processo legal e ao direito de defesa.

No âmbito do Executivo, temos de tornar mais eficiente a capacidade de operação das diferentes áreas em que se exige a proteção ou a intervenção do Estado, não em favor do seu próprio fortalecimento, mas na tutela dos direitos do cidadão.

Outro ponto relevante é a reforma dos três sistemas do regime democrático, que chamaremos operativos: o sistema eleitoral, o sistema partidário e o sistema de governo. É preciso compatibilizar o sistema eleitoral e o sistema partidário, com o objetivo de garantir a representatividade e melhorar a governabilidade.

No sistema eleitoral, não basta a existência de um processo estável e permanente que ponha fim à prática da elaboração de uma nova lei para cada eleição. Devemos mudar o próprio modelo proporcional de listas abertas, hoje existente em apenas dois países do mundo, um dos quais o Brasil.

Temos que evitar a descaracterização e o comprometimento do quadro partidário. Para tanto, devemos escolher entre as inúmeras modalidades e alternativas de correção que estão sendo aperfeiçoadas ao longo do tempo aquela que restrinja a proliferação de partidos. Ao mesmo tempo, é preciso que o próprio período eleitoral e os métodos de financiamento, tanto das eleições quanto dos partidos, sejam ajustados à rotina da vida civil, para que não perturbem a normalidade do exercício da cidadania.

O sistema de governo, que resultará fatalmente desses novos modelos, terá de se ajustar às exigências da democracia participativa, em que as normas, as regras e a própria atuação do poder público respondem à cidadania, servindo à sociedade e não se servindo da sociedade. Esse enfoque implica um sistema tributário simplificado, não regressivo e correspondente à capacidade contributiva do cidadão.

Tais medidas teriam enorme efeito não só no sistema político, mas igualmente na vida cultural, social e econômica do País e sua plena inserção na comunidade internacional.

Há, malgrado continuados e expressivos avanços, ainda um largo território a percorrer. Sem essas mudanças, não colheremos os efeitos do processo de transformação iniciado com a Constituição de 1988 e que não pode ser interrompido, sob o risco de frustrarmos as aspirações manifestadas pela socidade brasileira em inúmeras eleições.

Marco Maciel é senador e membro da Academia Brasileira de Letras. Foi vice-presidente da República (1995-1998 e 1999-2002), ministro da Educação e ministro-chefe da Casa Civil (governo Sarney) e governador de Pernambuco (1978-1985).

Fonte: Terra.com

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Prevenir ou Remediar?

Diariamente nas manchetes de Jornal, violência, criminalidade, drogas! Acaba de sair uma manchete do G1 que explora esse tema:

Mais de 4 toneladas de cocaína são apreendidas em rodovias brasileiras

Um levantamento nacional aponta o estado de Mato Grosso do Sul como o primeiro colocado na lista de apreensões, seguido de Mato Grosso e Rondônia, em segundo e terceiro lugar.


"Esses estados aparecem em destaque como principais portas de entrada da droga no país, porque têm uma extensa fronteira seca com a Bolívia, considerada uma das maiores produtoras de cocaína do mundo. Os traficantes utilizam, portanto, os estados de Mato Grosso do Sul e de Mato Grosso, principalmente, como passagem para distribuir o entorpecente pelo Brasil", diz ao G1 o inspetor Reinam Araújo Ramos, chefe do Núcleo de Operações Especiais da PRF em Mato Grosso.

Como consequência da entrada de drogas e armas pelas fronteiras brasileiras, estão o aumento da criminalidade, o maior potencial bélico das facções criminosas, a maior índices de tráfico de drogas e agravamento da questão da Segurança Pública.

Mas são nas causas desse contrabando, são nas circunstâncias e nas vulnerabilidades do Brasil que descobrimos como solucionar essa questão.

A entrada de armas e drogas no Brasil é fato, elas tem origem em países vizinhos como a Bolívia, e entram no Brasil com facilidade graças ao abandono em que a grande extensão de fronteiras brasileiras se encontram.

Fronteira Brasil-Colômbia

São milhares de quilômetros que cortam diversos país vizinhos, e em toda a extensão da nossa fronteira encontramos um abandono e total fragilidade no que se refere á Segurança Nacional.

Como solucionar? Como combater o tráfico de drogas e armas ANTES que ele chegue aos grandes centros urbanos brasileiros?

Investindo na manutenção das nossas fronteiras, na vigilância e no monitoramento da entrada e saída de pessoas, assim como é feito em todos os países do mundo.

É preciso olhar com responsabilidade para as fronteiras e com o compromisso de em parceria com os Estados do Norte e do Centro-Oeste principalmente, aumentar o contingente de Segurança com os países vizinhos.
Quando as fronteiras passarem a ser vigiadas em grande escala, e o fluxo de pessoas for monitorado, a grande concentração de drogas e armas que adentram nosso país ficará retida nas fronteiras, o que fragilizará as facções criminosas que se sustentam da venda das drogas, e em curto prazo garantirão maior Segurança e maior eficácia no combate ao tráfico.

Fonte: G1, Blog do Eduardo Gomes

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Novela ENEM

Um projeto antigo importado para o Brasil, ganhou proporção com a Unificação no Processo de Seleção para Universidades em todo o país.

Já na sua 2ª Edição com 180 questões e uma Redação em 2 dias de prova, o Exame aplicado para jovens estudantes e interessados em ingressar na faculdade passa por uma séria onda de falta de credibilidade e confiança.

Em 2009, a prova foi roubada ainda na Gráfica, o que de surpresa, cancelou o exame que foi adiado e aplicado um mês depois.

Na versão de 2010 o Exame continha erros de impressão, falhas no gabarito, algumas versões da prova não estavam completas, cartões de confirmação se trocaram e chegaram em endereços diferentes, impossibilitando a execução da prova para alguns.

Não se sabe quantos estudantes foram afetados com os erros, mas algumas medidas polêmicas como a utilização restrita à caneta preta na prova foi uma das medidas considerada polêmica.

Enfim, essa nota de esclarecimento é para indagar - até o presente momento em que escrevo essa mensagem, o ENEM havia sido cancelado – como uma iniciativa tão positiva como essa que tem mobilizado escolas, cursinhos, e estudantes, pode ter credibilidade se anualmente os problemas são recorrentes chegando ao ponto de serem vexatórios e de desmoralizarem a instituição responsável por ele que é o INEP, supervisionado pelo Ministério da Educação?

Foram mais de 4 milhões de inscritos, que nesse momento não sabem com clareza qual será o desfecho dessa novela, o que tiramos dela, é que o Ministério demorou ao se pronunciar, que o ENEM e o Órgão de Educação saíram mais desmoralizados também.

Me indagou também o manifesto de um jornalista, sustentado pelos cofres públicos, mas que não passa de assessor, vir à público defender o ENEM e dizer que tudo não passa de uma Conspiração para atingir o Ministro da Educação. Ele também usa seu blog e da sua credibilidade para dizer que o ENEM incomoda a
elite e a imprensa que não gosta de pobres e que não quer vê-los na Universidade.

Eu trago como testemunho próprio, fiz o ENEM e fiquei muito incomodado quando tive que interromper a prova, fechar o caderno de questões por que algo de errado havia acontecido - como uma prova assim pode ter credibilidade e ser respeitada e valorizada pelos estudantes e instituições de ensino?

Esse jornalista que é alto-falante do Governo por vias indiretas parece não respeitar os 4 milhões de estudantes e não respeitar uma democracia em que a Imprensa em geral – a não sustentada pelo Governo – tem o direito de expor suas opiniões e exigir competência e eficiência dos Governos e Instituições, afinal fiscalizar, esta é a função do Jornal, Rádio, TV e da oposição séria e comprometida na democracia!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

IDH - como anda o Brasil?

IDH - Índice de Desenvolvimento Humano - uma avaliação feita pela ONU, que mede a qualidade de vida e as perspectivas dos países. IDH leva em consideração os investimentos e resultados obtidos na educação, na saúde, na distribuição de alimentos e nos rendimentos per capita. E o Brasil foi mal em todos aos itens avaliados.

O relatório do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) para 2010, divulgado nesta quinta-feira (4), mostra o Brasil na 73ª posição entre 169 países. Os cinco primeiros colocados são, pela ordem, Noruega, Austrália Nova Zelândia, Estados Unidos e Irlanda.

De acordo com o relatório, o rendimento anual dos brasileiros é de US$ 10.607, e a expectativa de vida, de 72,9 anos. A escolaridade é de 7,2 anos de estudo, e a expectativa de vida escolar é de 13,8 anos.

A distribuição de renda, apesar dos programas de transferência do governo, como o Bolsa Família, impactaram negativamente o IDH brasileiro em 37,6%. Isso não quer dizer que há mais pobres hoje em dia, mas sim que há uma distância maior entre eles e os ricos.
Pelo IDH, a educação no Brasil teve uma queda de 25,7% no índice e a expectativa de vida, perda de 16,6%. De acordo com o relatório divulgado nesta quinta-feira (4), o Brasil viu a distância que o separa de nações com desenvolvimento humano mais elevado aumentar em 27,2%.

Com isso, perdeu 15 posições e ficou no 88º lugar quando comparado com outros 140 países, com 0,509 pontos numa escala que vai de 0 a 1.

Ainda analisando a colocação do Brasil, o resultado mostra uma queda maior que a média mundial, que foi de 21,7%, e ainda pior em relação ao grupo de países de desenvolvimento humano elevado

Dessa forma, no relatório de 2010, o Brasil alcançou 0,699 pontos, numa escala que vai de 0 a 1, ocupando entre os 169 países, posição nº73, atrás de países como Argentina, Chile, e outros 9 países da América Latina.

Segundo o relatório, o Brasil ficou abaixo da média da América Latina e atrás de 11 países dessa região.

Fonte: G1, R7, Wikipedia

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Fim da corrida eleitoral

As Eleições acabaram no último dia 31 de Outubro, em em 2 turnos o Brasil escolheu sua Presidente, 27 Governadores, 513 Deputados Federais, 54 Senadores que representam 2/3 da Casa, e também foram renovadas todas as cadeiras das Assembleias Legislativas dos Estados e da Cãmara Distrital do DF.

O Brasil foi ouvido, apesar dos altos índices de abstenção - 18% no 1º turno e 20% no 2º turno - a população foi ouvida e o processo eleitoral ocorreu de forma tranquila.

Contudo, essas eleições contaram com algo novo, a Lei Ficha Limpa barrou vários candidatos, e em alguns casos, mudou completamente o panorama e os resultados, como foi o caso da Eleição para Governador no DF, e para Senador no PA e na PB. 

A grande lição que tiramos dessas Eleições é que a mobilização e conscientização do cidadão é vital para o engrandecimento do Processo Democrático e Político no país.
A Imprensa e a Liberdade de Expressão também são fundamentais para o desenvolvimento de uma Nação democrática e Soberana.

Que os nossos representantes eleitos cumpram suas promessas, trabalhem com veemência e honestidade, sejam fiéis ao eleitorado e sirvam ao cidadão - afinal, esse é o compromisso do político.

Que o Brasil cresça com planejamento e seriedade, fazendo as Reformas concretas que o nosso país precisa passar para garantir mais Justiça, mais representatividade, mais qualidade de vida e perspectiva de futuro.

Que o Brasil do amanhã seja melhor que o Brasil de hoje, que a desigualdade seja combatida com seriedade, que a distribuição de renda seja consequência de mais oportunidades na Educação para as crianças e jovens. Que a consciência cidadã aflore na sociedade, e a política não seja discutida apenas de 4 em 4 anos, mas diariamente, como algo constante, relevante e essencial para o desenvolvimento do país e do seu povo.