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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Não precisamos de mais partidos, e sim, de mais Reformas!

"De olho na disputa presidencial de 2014, a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva reuniu-se na noite desta terça-feira com apoiadores em São Paulo para discutir a criação de um novo partido político. O nome e o programa do partido ainda não foram definidos e serão discutidos em reunião marcada para o dia 16 de fevereiro, em Brasília. Para que a nova sigla participe da disputa em 2014, será preciso reunir 500 mil assinaturas até outubro." FOLHA (22/01/2013).

Marina Silva recebeu surpreendentes 20 milhões de votos, pulverizados entre todas as classes sociais e todas as regiões do país. Seu discurso de mudança cativou uma porcentagem do eleitorado, cansada ou desesperançosa do calejado entrave entre petistas e tucanos. Em uma coisa devemos concordar, Marina Silva ganhou cacife político e capacidade de mobilização, que não seja para mudar o Brasil, mas para fomentar tal debate.

Contudo, se cada um que pretende viabilizar seu projeto pessoal de poder, resolvesse fundar um novo partido político, estaríamos perdidos.

O Brasil já tem partidos demais. Os mais tradicionais como PMDB, PT, PSDB, os em ascensão, como o PSB, e os recém-criados PEN (Partido Ecológico Nacional) e o PSD, apelidado de "partido do Kassab".

 
Com mais de 30 partidos políticos, fica difícil distinguir as ideologias e propostas de cada um deles, ou o que é pior, a imensa maioria deles não tem qualquer compromisso ideológico ou programático, e são motivados com o puro e simples objetivo de angariar o poder, elegendo seus candidatos e trocando o apoio da sua bancada dentro do Legislativo por cargos no Executivo.

A criação de mais um partido político parece "mais do mesmo", logo, Marina Silva deveria usar seu "cacife" político pra promover um amplo debate nacional a fim de viabilizar uma Reforma político-eleitoral no país, que é o que realmente precisamos de imediato, a fim de reparar os vícios e defasagens do nosso sistema.

Termino como comecei, não precisamos de mais partidos, precisamos de mais Reformas! E cada um de nós deve fazer o possível para discutir e viabilizar essas reformas estruturais que irão de fato, mudar o Brasil!

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Enxugando gelo

Segurança pública não é coisa de partido, nem de governo, é coisa de política pública, e como tal, tem que ser enfrentada com coragem, seriedade e competência pelos três níveis de poder – federal, estadual e municipal – e pelos três poderes – Executivo, Legislativo e Judiciário.

Contudo, o que se vê no Brasil, é que apesar da responsabilidade sobre a segurança pública ser dos Estados, o enfrentamento dessa questão exige necessariamente, consonância e parceria deles, com a União e os municípios.
Os municípios podem criar campanhas de combate às drogas e violência, podem estruturar Guardas Municipais para vigilância, instalar câmeras para o vídeo-monitoramento. O Judiciário pode criar mutirões para resolver a situação dos presos provisórios, pode buscar a desburocratização do processo judicial, pode investir em sistemas de compartilhamento de dados entre as instâncias do Brasil todo.

O Congresso Nacional pode sim rever o Código Penal, discutir melhor forma de modernizá-lo e aprimorá-lo às exigências da sociedade. Os Governos estaduais devem informatizar suas polícias, fortalecer o combate às facções e ao tráfico de drogas, devem criar programas de urbanização de favelas que por si só já é um grande aliado no combate ao poder paralelo que facções criminosas exercem sobre as comunidades mais pobres. Os Governos estaduais também devem enfrentar a questão das drogas, dar auxílio e tratamento aos dependentes e devem discutir a hipótese de criação de centros de internação compulsória para dependentes químicos.
A questão penitenciária também pode ser enfrentada por Estados e a União, a criação de centros de recuperação de menores com a devida exigência de que os que forem encaminhados para lá, saiam aptos a se integrarem na sociedade. Para a imensa população carcerária é necessário adequar os nossos presídios às condições mínimas de vida com o objetivo de torná-los aptos a promover a reinserção social dos detentos; diferente do que ocorre hoje, em que os presídios são cenários para a integração de novos membros às facções que orquestram delitos de dentro dos presídios, para serem executados do lado de fora, nos centros urbanos.

Por fim, um ponto comum para o enfrentamento da questão das drogas e do tráfico de armas e da consequente criminalidade, é a ação efetiva de um polícia ostensiva nas fronteiras do Brasil, de norte a sul. O Brasil tem mais de 16 mil quilômetros de fronteiras terrestres com outros países, o que facilita a entrada de armas, drogas e mercadorias ilegais, apesar da tentativa do patrulhamento pela Polícia Rodoviária, que executa na verdade, uma medida paliativa. 

Assim, somente a ação nas fronteiras do país, em grande escala e proporção, seja pela polícia ou pelas Forças armadas, seria capaz de solucionar os problemas acima referidos, de forma que cortaríamos a entrada indiscriminada da ferramenta de trabalho e da mercadoria da marginalidade, que são as armas e as drogas respectivamente.
Sem essa ação efetiva nas fronteiras, continuaremos “enxugando gelo”, pois a cada criminoso preso, outros tantos são integrados às facções; a cada favela pacificada, novos pontos de tráfico são abertos; a cada arma ou a cada quilo de droga apreendida, outro tanto entra indiscriminadamente pelas fronteiras do Brasil. 

Barrar esse ciclo vicioso, requer coragem e compromisso público com a segurança pública do cidadão de bem, coagido pelas guerras entre criminosos e policiais seja em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Santa Catarina ou em qualquer outro rincão desse país que ainda não tenha ganho destaque nas manchetes de jornal.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Depois da eleição, vem a fiscalização

No ano passado, fomos às urnas e escolhemos nossos prefeitos e vereadores. E de uma coisa os eleitores não podem se queixar, pois mais uma vez, tivemos um processo democrático, rápido, eficiente e transparente - verdadeiro exemplo para o mundo.

Os prefeitos e vereadores, empossados em Janeiro nos seus cargos, são o reflexo dos milhões de eleitores que os elegeram.

Como cidadãos, votamos e legitimamos nossos prefeitos e vereadores, e como cidadãos, devemos acompanhar de perto o trabalho desses nossos representantes na esfera de Poder mais próxima de todos nós, que é o município.

É na esfera municipal em que se encontram os verdadeiros problemas nacionais, as verdadeiras deficiências dos serviços públicos que se refletem nas filas dos hospitais, no transporte público superlotado, na ocupação irregular do solo, na criminalidade, na falta de vagas em creches, na falta de oportunidades de emprego; por isso, acompanhar o trabalho do prefeito, cobrá-lo, fiscalizá-lo, colocar-se à disposição para colaborar nos projetos é essencial se queremos de fato, que a política mude a realidade em que vivemos.

Se queremos de fato mudar as coisas, também é preciso conhecer nossos vereadores e acompanhá-los para que votem projetos essenciais e fiscalizem o Poder Executivo, com consciência e responsabilidade que o cargo exige.

Não adianta votar e achar que as coisas mudam sozinhas, é preciso empenho, consciência e participação dos cidadãos, para que juntos com prefeitos e vereadores, criem uma corrente de cooperação em prol do interesse comum,  do interesse público.