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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

O "Velho" e o "Novo"

São Paulo é uma cidade complexa. Múltiplas as origens, as crenças, as culturas, os sonhos, as perspectivas de vida, as condições de trabalho e renda, a escolaridade, as ocupações. São Paulo é uma cidade de trabalho, de esforço, de dedicação e de luta por todos aqueles que são genuinamente paulistanos, ou que adotaram a cidade, em busca dos seus sonhos.

São Paulo é uma cidade de contrastes, de desafios, de problemas crônicos e que requer soluções inovadoras. São Paulo é uma cidade do tamanho de um país, com diversidade e complexidade que não permitem que seu próximo prefeito seja um produto publicitário.
São Paulo precisa de um prefeito do tamanho do Brasil, precisa de liderança, de administração enérgica, de projetos e realizações concretas, de coragem para enfrentar os desafios, e competência para transformar a realidade.

A cidade já evoluiu muito ao longo do tempo, a partir da expansão do metrô e a implantação do monotrilho, desde a abolição das escolas de lata e modernização da frota de ônibus, são alguns dos exemplos que mostram que essa cidade sempre foi, e continuará sendo a locomotiva do Brasil.
Para isso, comparar é preciso. Há dois projetos em jogo na disputa por São Paulo. Um é o “velho”. O velho que se renova todos os dias, que tem competência, experiência e seriedade, que foi testado e aprovado em todos os cargos que já ocupou. O velho sem manchas na sua biografia, que não se envolveu em escândalos, não tem alianças espúrias, não atropelou a sua coerência para chegar aqui. O velho que tem uma bagagem de realizações feitas no passado, e de novos projetos a serem implantados no futuro.

E essa eleição também tem o “novo”. O “novo” escolhido por imposição, o “novo” que se aliou às lideranças mais retrógadas da cidade para atingir um projeto de poder de seu partido. O “novo” que também tem uma bagagem, uma bagagem de taxas criadas na gestão da Marta (apelidada de “Martaxa”), de falhas e de desmoralização do ENEM, de muitas promessas e muitas siglas, e poucas realizações. O “novo” que diz ter criado o Prouni e o Fundeb, embora isso não seja verdade. O “novo” que pouco fez pela descentralização ou pela municipalização da Educação. O “novo” que não expandiu a rede de escolas técnicas no país, que inaugurou Universidades Brasil à fora, sem que estas tivessem condições mínimas de funcionamento. O “novo” que ao deixar o cargo, assistiu de longe a maior greve das universidades federais da nossa história, com as impressões digitais nessa greve, pois a paralisação de professores foi motivada pela falta de salários e de infraestrutura. O “novo” que apresentou poucas propostas para solucionar os problemas de São Paulo, que vende na propaganda eleitoral, as parcerias com o Governo Federal, comprovando que até hoje, o Governo federal do PT esteve de costas para São Paulo.
Dizer que a disputa paulistana seja entre o “novo” e o “velho”, é muito superficial. A disputa é sim, entre o certo e o duvidoso, entre o trabalho e a propaganda, entre as realizações e as siglas publicitárias, entre a competência e o marketing. Entre o que tem “compromisso com o interesse público” e quem tem “compromisso com os interesses partidários”. A disputa paulistana é também uma comparação entre gestões. O “velho” representa os últimos 8 anos, e o “novo” representa as gestões ainda mais antigas, que lotearam os cargos da cidade, criaram taxas, e marcaram a cidade com pouca competência e muitas promessas; como esquecer dos túneis inaugurados por eles nos Jardins, que foram inundados na primeira chuva, por falhas de engenharia? Como esquecer as escolas de lata? As contas esvaziadas da prefeitura? A falta de planejamento e de urbanização da cidade? A falta de linhas de ônibus e de investimento municipal no metrô?

A disputa é sim, entre o “velho” e o “novo”, só que quem se diz “novo” representa o velho fisiologismo das alianças partidárias, a velha ingerência e falta de planejamento, o “velho” atraso que vivia a cidade; e o taxado de “velho” na disputa, e que quer voltar à cidade, representa sim, a inovação das soluções, a experiência na administração, a competência, o espírito público e as realizações.
O “velho” e o “novo” têm virtudes e defeitos, suas bagagens, acertos e erros, mas equalizando tudo, decidi ficar com a primeira opção.

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