São Paulo é uma cidade de contrastes, de desafios, de
problemas crônicos e que requer soluções inovadoras. São Paulo é uma cidade do
tamanho de um país, com diversidade e complexidade que não permitem que seu
próximo prefeito seja um produto publicitário.
São Paulo precisa de um prefeito do tamanho do Brasil,
precisa de liderança, de administração enérgica, de projetos e realizações
concretas, de coragem para enfrentar os desafios, e competência para
transformar a realidade.
A cidade já evoluiu muito ao longo do tempo, a partir da
expansão do metrô e a implantação do monotrilho, desde a abolição das escolas
de lata e modernização da frota de ônibus, são alguns dos exemplos que mostram
que essa cidade sempre foi, e continuará sendo a locomotiva do Brasil.
Para isso, comparar é preciso. Há dois projetos em jogo na
disputa por São Paulo. Um é o “velho”. O velho que se renova todos os dias, que
tem competência, experiência e seriedade, que foi testado e aprovado em todos
os cargos que já ocupou. O velho sem manchas na sua biografia, que não se
envolveu em escândalos, não tem alianças espúrias, não atropelou a sua
coerência para chegar aqui. O velho que tem uma bagagem de realizações feitas
no passado, e de novos projetos a serem implantados no futuro.
E essa eleição também tem o “novo”. O “novo” escolhido por
imposição, o “novo” que se aliou às lideranças mais retrógadas da cidade para
atingir um projeto de poder de seu partido. O “novo” que também tem uma
bagagem, uma bagagem de taxas criadas na gestão da Marta (apelidada de “Martaxa”),
de falhas e de desmoralização do ENEM, de muitas promessas e muitas siglas, e
poucas realizações. O “novo” que diz ter criado o Prouni e o Fundeb, embora
isso não seja verdade. O “novo” que pouco fez pela descentralização ou pela
municipalização da Educação. O “novo” que não expandiu a rede de escolas
técnicas no país, que inaugurou Universidades Brasil à fora, sem que estas
tivessem condições mínimas de funcionamento. O “novo” que ao deixar o cargo,
assistiu de longe a maior greve das universidades federais da nossa história,
com as impressões digitais nessa greve, pois a paralisação de professores foi
motivada pela falta de salários e de infraestrutura. O “novo” que apresentou
poucas propostas para solucionar os problemas de São Paulo, que vende na
propaganda eleitoral, as parcerias com o Governo Federal, comprovando que até
hoje, o Governo federal do PT esteve de costas para São Paulo.
Dizer que a disputa paulistana seja entre o “novo” e o “velho”,
é muito superficial. A disputa é sim, entre o certo e o duvidoso, entre o
trabalho e a propaganda, entre as realizações e as siglas publicitárias, entre
a competência e o marketing. Entre o que tem “compromisso com o interesse
público” e quem tem “compromisso com os interesses partidários”. A disputa
paulistana é também uma comparação entre gestões. O “velho” representa os
últimos 8 anos, e o “novo” representa as gestões ainda mais antigas, que
lotearam os cargos da cidade, criaram taxas, e marcaram a cidade com pouca
competência e muitas promessas; como esquecer dos túneis inaugurados por eles nos
Jardins, que foram inundados na primeira chuva, por falhas de engenharia? Como
esquecer as escolas de lata? As contas esvaziadas da prefeitura? A falta de
planejamento e de urbanização da cidade? A falta de linhas de ônibus e de
investimento municipal no metrô?
A disputa é sim, entre o “velho” e o “novo”, só que quem se
diz “novo” representa o velho fisiologismo das alianças partidárias, a velha
ingerência e falta de planejamento, o “velho” atraso que vivia a cidade; e o taxado
de “velho” na disputa, e que quer voltar à cidade, representa sim, a inovação
das soluções, a experiência na administração, a competência, o espírito público
e as realizações.
O “velho” e o “novo” têm virtudes e defeitos, suas bagagens,
acertos e erros, mas equalizando tudo, decidi ficar com a primeira opção.
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