quinta-feira, 26 de dezembro de 2013
segunda-feira, 23 de dezembro de 2013
Os rumos da Saúde no Brasil
Não é de hoje que a Saúde é o serviço público mais mal avaliado no Brasil, e depois dos protestos de Junho desse ano, o Governo Federal apresentou como "solução" para essa mazela, o Programa Mais Médicos, que na prática é a contratação de médicos para trabalhar onde faltam médicos, nos quatro cantos do país. O programa teve baixa adesão de médicos brasileiros, e atraiu alguns médicos estrangeiros; para vitaminar o projeto, o Ministério da Saúde anunciou a importação de médicos cubanos através de um convênio, em que seus salários seriam transferidos diretamente para o Governo de Cuba e de lá, uma parte seria repassada aos médicos e suas famílias, eles chamam isso de "socialismo" por lá.
Esse semana, o UOL traz uma excelente entrevista do Dr. Drauzio Varella, em que trata da questão da saúde pública no Brasil e o Programa Mais Médicos:
"Lugar que não tem médico tem que ter. Se não tem médico brasileiro, tem que ter médico de qualquer lugar. Sou totalmente a favor. O que eu sou contra é usar isso demagogicamente, colocar isso de uma maneira que parece que vai resolver o problema da saúde pública do Brasil. Não é verdade."
"O médico sozinho melhora um pouco a qualidade da saúde, mas melhora muito pouco.
Faltam hospitais de referência, faltam condições para atender essas pessoas e encaminhar para os locais que possam fazer o atendimento aos casos mais complexos."
"De repente acontecem umas passeatas e ai apressadamente deslancham esse programa e apresentam isso para a sociedade como a resposta para os problemas médicos do Brasil. É demagogia, né?"
"Acho que vai melhorar nesses lugares onde não havia médico e passa a ter médico. Melhor do que nada, né? Mas isso é uma medida paliativa com impacto muito pequeno na saúde pública."
"[Programa Saúde da Família] Esse sim tem um impacto verdadeiro, mas infelizmente fica relegado a vontade política de criar mais equipes. A saúde precisa de dinheiro, mas não precisa só de dinheiro. Precisa de gerenciamento, de decisões politicas acertadas e esse é o principal problema."
Fonte: Camila Neuman, UOL
Esse semana, o UOL traz uma excelente entrevista do Dr. Drauzio Varella, em que trata da questão da saúde pública no Brasil e o Programa Mais Médicos:
"Lugar que não tem médico tem que ter. Se não tem médico brasileiro, tem que ter médico de qualquer lugar. Sou totalmente a favor. O que eu sou contra é usar isso demagogicamente, colocar isso de uma maneira que parece que vai resolver o problema da saúde pública do Brasil. Não é verdade."
"O médico sozinho melhora um pouco a qualidade da saúde, mas melhora muito pouco.
Faltam hospitais de referência, faltam condições para atender essas pessoas e encaminhar para os locais que possam fazer o atendimento aos casos mais complexos."
"De repente acontecem umas passeatas e ai apressadamente deslancham esse programa e apresentam isso para a sociedade como a resposta para os problemas médicos do Brasil. É demagogia, né?"
"Acho que vai melhorar nesses lugares onde não havia médico e passa a ter médico. Melhor do que nada, né? Mas isso é uma medida paliativa com impacto muito pequeno na saúde pública."
"[Programa Saúde da Família] Esse sim tem um impacto verdadeiro, mas infelizmente fica relegado a vontade política de criar mais equipes. A saúde precisa de dinheiro, mas não precisa só de dinheiro. Precisa de gerenciamento, de decisões politicas acertadas e esse é o principal problema."
Fonte: Camila Neuman, UOL
terça-feira, 17 de dezembro de 2013
Coincidência?
Não vi nenhum jornal ou coluna de política reparar nessa coincidência, mas se fui o primeiro, trago com exclusividade uma observação: Pode parecer curioso, mas ao que consta a nota de José Serra em que abre mão de ser o candidato a Presidente da República pelo PSDB em 2014, foi emitida nesse dia 17 de Dezembro, mesma data em que, em 2009, Aécio Neves anunciou publicamente a desistência da disputa interna para se candidatar à Presidência no pleito de 2010.
domingo, 15 de dezembro de 2013
Recomendo a leitura
Recomendo a leitura do artigo do meu antigo professor de Direito Financeiro, José Maurício Conti, na sua coluna semanal no Conjur - Consultor Jurídico: "Saúde não precisa só de dinheiro, mas de boa gestão".
"Uma boa gestão deste complexo sistema de saúde pública é evidentemente fundamental, pois, como já tenho repetido exaustivamente em várias colunas, mais do que dinheiro, o setor público precisa é de uma administração mais eficiente, o que exige estudos, planejamento e medidas não só de curto, mas também e principalmente de médio e longo prazos.
Características que não parecem, à primeira vista, presentes no recente programa “Mais Médicos”, implantado por medida provisória (MP 621/2013), com a “importação” de médicos realizada de forma ao que tudo indica apressada, deixando entrever que se trata de mais uma das tantas ações governamentais praticadas à revelia do sistema de planejamento governamental e voltadas a obter resultados imediatos de curto prazo, contrariando as boas técnicas e princípios da administração pública.
Porque vai mal nosso sistema de saúde, e qual o remédio para curá-lo é a grande questão que se coloca. Questão esta cuja resposta muito provavelmente não será dada pela medicina, mas sim pelo Direito Financeiro e pela Administração Pública."
"Uma boa gestão deste complexo sistema de saúde pública é evidentemente fundamental, pois, como já tenho repetido exaustivamente em várias colunas, mais do que dinheiro, o setor público precisa é de uma administração mais eficiente, o que exige estudos, planejamento e medidas não só de curto, mas também e principalmente de médio e longo prazos.
Características que não parecem, à primeira vista, presentes no recente programa “Mais Médicos”, implantado por medida provisória (MP 621/2013), com a “importação” de médicos realizada de forma ao que tudo indica apressada, deixando entrever que se trata de mais uma das tantas ações governamentais praticadas à revelia do sistema de planejamento governamental e voltadas a obter resultados imediatos de curto prazo, contrariando as boas técnicas e princípios da administração pública.
Porque vai mal nosso sistema de saúde, e qual o remédio para curá-lo é a grande questão que se coloca. Questão esta cuja resposta muito provavelmente não será dada pela medicina, mas sim pelo Direito Financeiro e pela Administração Pública."
sábado, 14 de dezembro de 2013
A Crise de Representatividade em números
Tanto se fala em Crise de Representatividade da política, um fenômeno global, e é possível identifica-la numa recente pesquisa feita pelos alunos do 24º Curso Estado de Jornalismo, que entrevistaram 420 jovens sobre o futuro
dos protestos e participação partidária, 6 meses após os grandes protestos de Junho que tomaram o Brasil.
A pesquisa pode ser acessada pelo site do Jornal O Estado de São Paulo, aqui.
A pesquisa pode ser acessada pelo site do Jornal O Estado de São Paulo, aqui.
quinta-feira, 12 de dezembro de 2013
Momentos da democracia
Em razão da cerimônia em homenagem a Nelson Mandela na África do Sul, vivenciamos no Brasil um daqueles momentos ainda raros na nossa jovem da democracia. Trata-se de uma foto tirada antes da viagem à África do Sul, que reuniu a Presidente Dilma e seus antecessores, eleitos desde a redemocratização.
Em um país cuja trajetória política é recheadas de rupturas entre períodos democráticos e antidemocráticos, é muito positivo constatar que aos poucos, vamos ganhando estabilidade política, institucional e democrática.
Observação: Na foto, só estão faltando os Presidentes Itamar Franco (vice de Collor que assumiu o Governo em 1992 com a renúncia do titular) e Tancredo Neves (que deu início à redemocratização, sendo o primeiro Presidente civil depois de 20 anos de ditadura, uma vez que elegeu-se indiretamente em 1985, mas faleceu antes de tomar posse no cargo; Sarney como seu Vice na chapa, tomou posse em seu lugar).
Em um país cuja trajetória política é recheadas de rupturas entre períodos democráticos e antidemocráticos, é muito positivo constatar que aos poucos, vamos ganhando estabilidade política, institucional e democrática.
José Sarney, Lula, Dilma, Fernando Henrique e Collor. |
quarta-feira, 11 de dezembro de 2013
Carecemos de Reforma
A promiscuidade entre o Legislativo e o Executivo piorou ainda mais depois do Mensalão. As relações entre os Poderes é cada vez "menos republicana" com chantagens e pressões de um lado e de outro. Troca de cargos, liberação de emendas, votações dos vetos, dos projetos polêmicos ou dos que criam gastos, tudo é motivo para a abertura do balcão de negócios em que se transformou a política brasileira, e isso apesar de horrível, é geral; atinge Brasília, os Estados e municípios, e só mudará de verdade, com uma ampla e corajosa Reforma Política.
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
Paulo Brossard
O Largo São Francisco me proporcionou mais um encontro daqueles que muito me honram. Conheci pessoalmente, Paulo Brossard, ex-Ministro do Supremo Tribunal Federal, ex-Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ex-Ministro da Justiça e Senador do velho MDB, tendo sido eleito no histórico levante contra a ARENA em 1974, ao lado de Quércia, Itamar Franco, Saturnino Braga e Mauro Benevides. Uma figura que muito contribuiu e participou de perto de inúmeros capítulos da história do Brasil nos últimos 50 anos.
sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
Mandiba
Algumas pessoas ao longo da vida, têm potencial para mudar uma família, uma comunidade ou um país inteiro. Há ainda aqueles que conseguem mudar toda a humanidade, Mandela é um desses.
Ele não mudou apenas a vida da comunidade negra sul-africana, ele reconstruiu a Nação como um todo e fez o mundo olhar com outros olhos para a África, fez com que mundo inteiro percebesse que é sim o responsável pela situação tão desumana vivida por milhões de pessoas naquele continente.
Mandela mudou a África do Sul e mudou o mundo, deixou-nos a lição de que nada é impossível de mudar, que é possível sim lutar pra acabar com as injustiças e viabilizar alternativas. Mas sua principal lição é que a política feita com P maiúsculo, com decência e seriedade é a ferramenta ideal para viabilizar as transformações que queremos.
Ele não mudou apenas a vida da comunidade negra sul-africana, ele reconstruiu a Nação como um todo e fez o mundo olhar com outros olhos para a África, fez com que mundo inteiro percebesse que é sim o responsável pela situação tão desumana vivida por milhões de pessoas naquele continente.
Mandela mudou a África do Sul e mudou o mundo, deixou-nos a lição de que nada é impossível de mudar, que é possível sim lutar pra acabar com as injustiças e viabilizar alternativas. Mas sua principal lição é que a política feita com P maiúsculo, com decência e seriedade é a ferramenta ideal para viabilizar as transformações que queremos.
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