Páginas

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Sem rumo

Há alguns meses o governo Dilma provou que estava sem rumo na seara econômica, prova disso é a negligência com a inflação, o Brasil mais parece um veleiro em um mar sem vento, à deriva. Agora, diante da agitação social Brasil à fora, o Governo prova que não tem traquejo político, sem rumo e sem proposta.
 
Primeiro a ideia de Constituinte, agora o plebiscito a toque de caixa (no intuito de jogar tão somente no colo do Congresso as responsabilidades por tudo que a população gritava nas ruas); "barbeiragem" é a palavra que resume bem isso tudo. Mais parece uma tentativa de dar uma resposta às manifestações do que um lúcido reconhecimento da real importância da Reforma Política.

Mas é o preço a se pagar. Em 2010, no auge da eleição eu alertei para o risco de eleger Dilma, que naquela época tinha menos votos do que eu nas poucas eleições de que participei (como representante de sala, presidente do Grêmio e Deputado Estadual Jovem).

Tenho que reconhecer que Dilma começou bem, falando menos, aparecendo somente quando necessário e sendo mais séria do que Lula. Contudo, com a proximidade das eleições, a lógica que comanda o Palácio do Planalto é a da reeleição, fazendo com que o principal assessor da Presidenta não seja um Ministro competente (que está em falta na Esplanada) ou o próprio vice-presidente (um grande constitucionalista), e sim o marqueteiro de campanha.

Os discursos, as propostas e ações da Presidenta são voltadas tão somente às pesquisas de popularidade e de intenção de voto. Não há compromisso com a lipoaspiração dos Ministérios, nem com os cortes de gastos com a máquina, muito menos com as Reformas, a começar pela Política. Insisto que falta proposta e falta rumo. Agora, estamos à deriva no campo econômico, e no campo político também.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário