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terça-feira, 27 de agosto de 2013

Importação de médicos

Sobre o programa 'Mais médicos' e a importação de médicos para trabalharem na rede pública de Saúde: placebo! Apesar de ficar bonita na propaganda oficial, tal proposta é mais uma medida provisória.

Médicos não são charutos para serem importados a toque de caixa.

Falta sensibilidade por parte de Dilma e seu Ministro da Saúde que demonstram desconhecimento em relação a triste realidade da Saúde no Brasil. Não faltam apenas médicos na saúde publica brasileira, há considerável deficiência na estrutura da rede publica, faltam materiais hospitalares, condições de trabalho e salários dignos para esses profissionais. Também falta gestão e seriedade desse Governo, uma vez que a importação de médicos cubanos além de pouco transparente, fere os direitos humanos e os mais básicos direitos trabalhistas.

Se quisesse de fato enfrentar o problema da Saúde, sugeriria à Presidente da República que colocasse em prática uma ampla Reforma na administração pública, fortalecendo os caixas das prefeituras e descentralizando a gestão da Saúde no país.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Em defesa de São Paulo

Homens íntegros que na política aprendi a admirar, foram alvejados com especulações fajutas de "crimes" que o CADE (vinculado ao Governo Federal) nega-se a tornar público, embora grande parte da imprensa nacional já tenha tido acesso a conta-gotas cuja mira está unicamente voltada a atingir o Governo do Estado de São Paulo. Demorei para comentar as notícias pois aguardava o desenrolar da história:

No suposto e requentado cartel envolvendo o metrô de São Paulo, o Governador Geraldo Alckmin não poupou esforços para ter acesso às investigações e saber de fato sobre o qual conluio SP tem sido vítima, uma vez que o Estado é o principal interessado na investigação mantida sob sigilo pelo CADE. Na mesma direção, o Governador convocou uma Comissão independente para apurar todas as licitações do metrô de SP sem qualquer compromisso com o erro, prova disso é a isenção e seriedade do nosso Corregedor-Geral, ex-aluno do Largo São Francisco que tive a felicidade de conhecer.

O ex-Governador José Serra por sua vez, também emitiu declarações se explicando e tornando público que jamais foi conivente com qualquer tipo de atividade que prejudicasse o povo e os cofres de São Paulo. Aliás, essa não é a primeira vez que aloprados tentam sujar a sua imagem; na década de 90 haviam falsificado a sua assinatura para envolve-lo num esquema que tempos depois foi comprovado que nunca havia existido. Em 2006, no auge da eleição, nomes ligados ao hoje Ministro Mercadante, na época candidato a Governador, foram flagrados comprando um dossiê para tentar incriminar José Serra num esquema fajuto de superfaturamento de ambulâncias, que obviamente nunca existiu.

Quanto ao ex-Governador Mário Covas, é simplesmente inadmissível que a essa altura da história ainda tentem manchar o seu legado e a sua trajetória, inabaláveis e inatingíveis, uma vez que Covas embora não possa se defender publicamente das calúnias que de forma eleitoreira atingem seu nome e seu governo, provou e comprovou que é possível unir ética e política, honestidade e política, competência e política - dizer qualquer outra cosia é fugir da verdade.

Que o CADE pare de "vazar" as investigações a conta-gotas e torne de fato todas as investigações públicas. Que o suposto conluio de empresas seja desvendado e os envolvidos sejam punidos, como já está ocorrendo em mais de 10 países em que houve cartel entre empresas privadas para onerar os cofres públicos nas licitações de trens e metrô. Que a verdade venha a tona para reafirmar a total lisura e austeridade de governos cuja história não ficará marcada por Mensalões e dossiês, diferente de outros pelos quais não colocaria a minha mão no fogo. E que Dilma aprenda com o exemplo de São Paulo e torne pública a sua posição sobre as mais recentes denúncias de "pedágio e propina" na Petrobras para abastecer os cofres de sua campanha; sugiro ainda, que ela crie uma Comissão Independente para apurar as possíveis irregularidades dos diversos Ministérios alvejados por escândalos nos últimos anos, afinal exercer a vida pública é estar preparado para ser questionado a prestar contas sempre e em todo lugar visto que a transparência e a lisura são pilares da política feita com P maiúsculo e cabeça erguida.

Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra
 

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Viemos, vimos e vivenciamos

Algumas coisas na vida acontecem inesperadamente e nos marcam para sempre, outras já sabemos que vão acontecer e embora as tenhamos esperado com ansiedade, elas simplesmente passam por nossas vidas e logo caem no esquecimento; e há ainda aquelas coisas que esperamos com expectativa por meses e que ao acontecerem nos tocam ainda mais do que aquilo que anteriormente havíamos imaginado.

Ir ao Rio de Janeiro como voluntário da 28ª Jornada Mundial da Juventude enquadra-se no terceiro exemplo que mencionei: embora tenha aguardado com ansiedade e expectativa a JMJ Rio2013, quando ela chegou, fui surpreendido por um mar de gente, de línguas, de cores e de culturas de todos os cantos do Brasil e rincões do mundo, que apesar de todas as diversidades e adversidades, proferiam a mesma fé, acreditavam na mesma coisa e buscavam algo em comum.

Viver” por duas semanas no subúrbio carioca foi a imersão em uma realidade social, cultural e econômica que eu sabia que existia, mas nunca havia conhecido de fato. Experimentar as ruas, o sotaque o transporte e os serviços públicos do Rio de Janeiro foram prato cheio para identificar problemas e potenciais soluções, ao mesmo tempo em que enxerguei a rica e potencial possibilidade de um intercâmbio cada vez maior entre São Paulo e o Rio, compartilhando entre si soluções mútuas para seus problemas, que são mais comuns do que eu imaginava.

Como qualquer cidade, o Rio de Janeiro tem problemas e tem virtudes; a beleza da cidade dispensa comentários, acrescento além desta, a receptividade da população, a hospitalidade, o bom humor exposto no sorriso aberto e sincero, a conversa fácil e a incansável disposição em ajudar, coisas que trouxe na bagagem de volta a São Paulo, pois poucas vezes vi tanta “gente boa”. O povo carioca sofre as mesmas mazelas do resto do país: insegurança e criminalidade, leniência com o tráfico, concentração de renda e desigualdade social, serviços públicos precários, transporte hipertrofiado, mas nem por isso este povo deixa de sorrir, de tratar bem o próximo; rezei lá no Rio de Janeiro, para que essa “bondade” do carioca seja traduzida em seu favor, em especial nas urnas que é por onde toda e qualquer transformação da realidade deve começar.

Ao mesmo tempo em que vivenciei as mazelas e as virtudes do Rio, devo dizer que voltei diferente - mais rico. Além da oportunidade memorável de estar tão perto do bem-aventurado Papa Francisco e poder ouvir suas mensagens diretas e objetivas, trouxe na bagagem bons amigos que partilharam comigo a aventura diária no 254 (Praça XV-Madureira), trouxe também, a minha fé renovada, minha paz interior restaurada (uma tranquilidade que se mistura com esperança que não sei explicar de onde vem, nem sei direito o que é), e meus objetivos cada vez mais claros no sentido de que o caminho a ser trilhado visa a vida política para servir ao interesse público, para enfrentar de frente as mazelas da coletividade, para pensar, propor e fazer a diferença na realidade de cada cidadão de bem, que junto comigo ainda acredita na capacidade da sociedade em transformar suas aspirações em realizações, em tornar o necessário e desejável cada vez mais possível e viável.

Volto renovado e enriquecido na esperança e na fé, e tenho certeza que os 3,7 milhões que foram comigo, voltaram pra casa tão leves e tão engrandecidos quanto eu por terem vivenciado essa experiência única e inesquecível.

Nos vemos na Polônia em 2016!
 

"Impressões da JMJ"




Compartilho aqui, o texto de João Vitor Siqueira sobre as experiências vivenciadas durante os quinze dias que passamos no Rio de Janeiro, como voluntários para a Jornada Mundial da Juventude Rio2013. O João cursa Economia e é um dos grandes amigos que conheci nessa rica experiência da JMJ.

"Estudar economia faz com que aos poucos eu vá aprendendo a observar e a tentar entender o funcionamento da sociedade e da economia. Ao passar 15 dias vivendo no bairro de Madureira no Rio de Janeiro, senti, em partes, o que a verdadeira massa populacional carioca recebe de retorno de seu governo para poder ganhar a vida na Cidade Maravilhosa."